quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Hoje é Natal

Fiz uma festinha na minha casa. Festinha de Natal é claro.
Vou lhe confessar que pra mim é uma surpresa ter feito isso.
Há quase 16 anos participo de festas de Natal em Salvador, feitas pela família da minha amiga Nil. Mas eu nunca fiz festa de verdade. Minha família sempre encarou
o Natal com muita naturalidade. Não me lembro de ter festa de Natal quando criança.
Me lembro de ganhar roupa nova mas não de ceia essas coisas.
Eu sinceramente acho tudo isso uma baboseira. Mas gosto cada vez mais de reunir os amigos em qualquer época do ano. Gosto de ter uma comidinha gostosa para oferecer, tomar um vinho junto com alguém, jogar conversa fora.
Tudo isso eu adoro. E isso eu fiz hoje.
Talvez algus dos meus amigos tenham sentido muita saudade de Salvador.
Eu não senti nada. Adoro estar onde estou, do jeito que estou.
Ainda mais agora que estou de alma nova. Lá vou eu montar em um novo tobogã
de emoções. Paixão outra vez é uma surpresa boa.
Vou desfrutar dessa coisa gostosa que estou sentindo.
Feliz Natal

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Saudade de casa

Tenho sentido uma enorme saudade de casa. Mas não é da minha casa em Salvador, da minha mãe e da minha família. É saudade de estar em casa. Às vezes que não tenho casa. Passo o dia todo num lugar estranho a mim, com gente nova e estranha a mim e fico ansiando pra voltar pra casa pra abraçar ninguém, beijar ninguém. Eu gosto muito da minha companhia e sinto falta dos momentos em que fico sozinha. Não posso ficar longe de casa, preciso da minha casa. Vou fazer dessas férias um momento pra ficar em minha casa, curtir uma vidinha normal, descansar, dormir, ver filmes, ouvir música, tudo em casa, sozinha ou acompanhada. Não importa, quero minha casa.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ando meio pra dentro

Ë, tá chegando a hora. Final de ano, hora de balanço, de férias coletivas.
Vou tirar férias e fazer uma viagem pra dentro de mim. Revirar umas gavetas, uns armários; tirar umas roupas velhas, umas coisas empoeiradas. É preciso repensar alguns conceitos; revisitar algumas idéias. Ando mesmo meio pra dentro. Não sou mais a mesma e não é de agora. Espero que essa mudança não choque a todos que me conhecem. Espero que meus amigos me compreendam. Espero que eu me compreenda.
Que essa lágrima que escorre agora do meu olho seja apenas uma emoção de uma mulher cansada dos afazeres diários, da correria, de tudo. Que seja apenas uma catarse. Que não seja um grito de socorro, porque senão não teria a quem recorrer.
Uma pessoa amiga me disse esses dias que eu sou uma mulher muito doce e eu penseï: sou mesmo doce, mas também sou muito dura. Sou um "quebra-quieixo" como diz na minha terra. Rapadura é doce mas não é mole não. Preciso romper essa capa de mulher forte, resistente e chorar um pouco ou até muito. A minha eterna aparência de fragilidade física debilitou o meu caráter a ponto de eu pensar que deveria parecer mais forte. Agora me faltam forças e eu não tenho como provar que estou frágil.
Nessa caminhada para dentro de mim, faço muitas descobertas, mas nenhuma sem lágrimas.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O virtual e o vento

Longe ou perto, qual a diferença? Às vezes estamos tão longe de uma pessoa e ela é a pessoa que está mais perto de nós. É difícil de entender isso porque confiamos na proximidade física. Mas as almas são seres virtuais. Talvez isso explique o fato de termos amigos que nos conhecem virtualmente e melhor que nossos amigos de infância. Quem nos conhce realmente? Eu estou vivendo uma experiência como essa. E fico pensando no vento, do qual falamos ontem. O vento que muda direções é também o vento que traz a chuva, a tempestade, que assanha os cabelos, que traz a sensação de frio, que nos relaxa, que derrete o sorvete. O vento é surpreendente. Acho que vou sentar e esperar o vento dar sua guinadinha. Sempre funcionou, não vai falhar agora. O que não se pode fazer é mergulhar de cabeça em águas desconhecidas com o vento muito forte. Me entende? Eu e minha eterna cautela. Já disse pra essa menina parar de escrúpulos e fazer o que tem vontade. Mas ah menina teimosa. Vamos ver se o vento ajuda.

domingo, 9 de novembro de 2008

A missão

Quem não gosta de cumprir uma missão? A vida é uma missão que nós recebemos e que tentamos dar conta. Às vezes é muito pesada pra carregar. Mas pouco a pouco...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Mês de aniversário

Quase um mês sem escrever. É a correria. Falta tempo pra tudo que tenho que fazer. Mas estou gostando. Adoro novidades.
E esse é o mês de aniversário do meu blog. Estou muito contente por isso. Já que muita gente apostava que não ia durar uma semana. Só não faço mais por falta de tempo mas idéias para colocar no papel não me faltam.
Acabei de ler A menina que roubava livros e amei.
Estou arrumando meu apê e estou na maior empolgação. Curtindo um monte chegar em casa e ver tudo tomando forma. Até o fim do ano estarei do jeito que sempre quis. Vou fazer uma festa de Natal aqui em casa, já que não vou pra Salvador nas férias.
Sabe que estou gostando muito disso. São 17 anos em que vou todo ano para o mesmo lugar. Tô a fim de mudar. Ainda que este lugar seja Salvador. Já conhece de cabo a rabo. Quero inovações, ou até parar num lugar quetinho e curtir a minha vida.
Segundo semestre é a época que brotam as paixõezinhas na minha vida.
Eu tô a fim de curtir cada uma delas.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Mudei o rumo da prosa: eleições

Que coisa mais idiota as eleições, não? Ainda mais aqui em Curitiba que a unanimidade é tão besta. O controverso Nelson Rodrigues diria que "toda unanimidade é burra".
É muito engraçado perceber como o pensamento burguês predomina nesta cidade. É assim: tá bom pra um grupo, então fica do jeito que está, não se pensa em mudar, tem-se medo do diferente. O importante é eleger um engomadinho, cheiroso, que não faça feio representando a cidade, que tenha estudado muito, porque isso garante o status. Não quero dizer que não seja importante ter um líder que represente bem em todos os sentidos o grupo. Mas naão é só isso. É preciso pensar no coletivo e no enfraquecimento do corporativismo.
Não se pensa no coletivo. E pra quem não está bom: os habitantes da periferia, dos bairros violentos, as diaristas, os pedreiros, os motoristas, os professores do estado, as pessoas normais etc.? Não importa, eles que se virem. Eles também não sabem votar... Mas o voto é obrigatório.
Também não se pensa que a política não pode se estagnar nas mãoes dos mesmos grupos, sob o risco do império do corporativismo e da abertura para a corrupção. Nada disso importa. Pequenas vozes como "chega de catracas", "vamos abrir as caixas-pretas", "vamos proteger a natureza", soam ridículas. O importante é Ficar. Que é sinônimo de permanecer, manter, manter a estrutura atual, manter o nepotismo - apesar de ser crime - manter os superfaturamentos nas obras astronômicas. O importante é manter o esquema.
Disse no começo do texto que as eleições são idiotas, mas na verdade elas são como uma radiografia. Se não forem corrompidas as urnas, elas só indicam que o povo não sabe votar e que por isso o voto deveria ser facultativo.
Tenho dito.

A bússola econômica.

O mundo está girando mais rapidamente nestes dias. De repente o que a gente pensava que nunca ia acontecer, aconteceu. A crise atingiu os poderosos. A bússola mudou de direção. Nosso país, com tantos problemas internos, se conduziu numa política interna que o resguardou de uma recessão imediata. Não vou dizer que o mercado não vai se aproveitar de uma crise externa para impor uma situação de instabilidade interna. Mas acho que nós estamos numa condição privilegiada neste momento. Como disse uma amiga espanhola, quem já tá pobre não precisa se preocupar com a crise, ela vai atingir os grandes. A Europa já previa isso. Os Estados Unidos se preocupavam com outras questões. Índia, China e Brasil começam a ser citados entre as nações com estabilidade relativa. Interessante é que os três tem histórias parecidas de desigualdade social. Qual será o próximo passo? Podem não gostar do nosso presidente, achar que ele é um bunda-mole, vendido, mas ele tomou algumas medidas que nos fortaleceram para esta fase, ainda que foram tomadas sem prever isso, porque brasileiro só fecha a porta depois de roubado. Digamos que foi sorte. Não estou dizendo que não vamos sofrer cortes, mas temos reservas (207 bilhões de dólares), dizem os economistas. A dívida está controlada, mas não podemos nos descuidar. Eu gosto de estar viva num momento como este, porque pode ser a hora para se repensar a importância do dinheiro, do possuir, da ganância. E já que não era nascida em 29 - crise que também mudou a direção do mundo - vou ficar atenta para o agora.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Assunto velho

Não quero mais falar de idade. Não adianta nada, ela vem de qualquer jeito. Quero falar de como o vento muda o rumo da nossa vida e a gente muitas vezes não percebe. Eu digo que é o vento para não dizer que é Deus, destino etc. O fato é que a gente tem um plano e ele muda e a gente acaba gostando da mudança. Não sei, gosto do barulho do vento. Acho bom ter sensibilidade para ser conduzido. Eu não brigo mais contra o destino. O que ele quiser eu deixo. Simplesmente acho que a luta do homem por conduzir seu próprio destino é inútil. Deixo me levar, vou lentamente e vai diminuindo o peso sobre as minhas costas. Mais leve, posso desfrutar dos benefícios da minha maturidade cada vez mais visível e intocável.

sábado, 27 de setembro de 2008

Depois que você faz 40 anos

Todo mundo acha que é ruim ficar mais velho, mas tem algumas vantagens.
Por exemplo, quando vc faz 40 anos.
Depois que você faz 40 anos pode falar qualquer coisa para qualquer pessoa. Os jovens te ouvem como a voz da experiência;
Você tem coragem para dizer verdades que antes não ousaria.
Tem coragem de ser ridícula, de parecer fora de moda. Você é exclusiva. Você brilha sozinha. Os 40 te dá uma força inevitável. E se não fossem as rugas...
Eu estou sempre tentando expressar isso em palavras, mas é que nunca antes na minha vida me senti mais livre do que agora depois dos 40.
Viver é inevitável, mas vc pode evitar erros, tropeços etc. Você é autônoma. Livre.
Até a tristeza que antes era eterna agora é passageira.
Todo risco é calculado. Todo medo é racional.
Que bom que nunca mais terei 15 anos outra vez para chorar porque poucas pessoas vieram a minha festa de aniversário. Agora vem os que eu convido e sei que virão, os verdadeiros amigos. Agora família é importante, mas tem que me valorizar, senão pra mim também não serve.
É muito bom ter mais de 40 anos.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Tudo novo

Comecei a trabalhar em um novo lugar, com pessoas diferentes, objetivos diferentes.
Domino pouca coisa, tenho uma certa cautela no trato com todos. Mas estou crendo em novidades, em resultados muito bons. Até que eu fique realmente sozinha para tomar decisões, creio que devo me comportar cautelosamente.
Até cheguei em casa fiz um jantarzinho legal, tomei um bom vinho.
Sabe, estou adorando ficar sozinha. Não preciso mesmo de companhia masculina para me privar dos sentidos. Não sou e nem estou tão carente assim.
Curto ouvir uma boa música. Comprei um aparelho de som bem legal só pra ouvir rádio, que eu adoro. Fico ouvindo notícias, opiniões, canções.
Ah, também comprei um aparelho de DVD, até vi uns filmes estes dias. Digo isso, porque não gosto mais tanto de assistir filmes. Acho que é porque fui cinéfila na adolescência e cansei de repetições cinematográficas. Prefiro um bom livro e um blog para escrever meus textos.
Assisti esses dias ao filme Quando Nietzche chorou e gostei muito. Não li o livro porque me disseram que era auto-ajuda mas acho que vou ler porque sou fã de Nietzche.
Ele diz que nós inventamos Deus e que Deus está morto. Eu creio em Deus, mas acho que ele tem razão. Ele era filho de pastores evangélicos. Era um conturbado, um maldito, como eram chamados os intelectuais da época. Eu gosto muito disso.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Uma opinião...

Eu precisei tanto conversar com alguns amigos meus e não encontrei nenhum disponível. Isso me deixou um pouco triste. Vi que eu tenho que decidir sobre a minha vida sozinha. Acabei buscando opinião de estranhos e de gente não tão próxima a mim. Até uma amiga me pareceu tão invejosa que eu me arrependi de perguntar alguma coisa. Eu recebi um convite, digamos que na minha condição profissional atual, espetacular e fiquei com medo de aceitar e quase recusei. Busquei ajuda, não achei e decidi sozinha. Vou arcar com as conseqüências. Mas me preocupa um pouco a falta de tempo que a gente vive até para dar atenção às pessoas mais próximas. Eu sou jovem e tenho tempo para experimentar. Sempre com cautela: como é do meu estilo.
Mas, a pergunta é: do que se trata:
a) uma proposta de casamento
b) um alto cargo na empresa
c) uma mudança de cidade

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Puro narcisismo

As pessoas costumam condenar atitudes narcisistas, porque acreditam que estão associadas ao egoísmo, ao egocentrismo. Eu acredito que o narcisismo está relacionado à busca do auto-conhecimento. Quando elas se olham, elas se procuram.
Eu sou um exemplo disso. Sou uma pessoa narcisista, basta notar pelas fotos no meu blog. Tem tanta foto minha que já estou com vergonha.
Mas eu gosto de mim. Não é toda foto que estou bem e nem sou fotogênica, mas fotos que mostram a minha alma eu gosto de mostrar, porque modéstia a parte: minha alma é linda.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Tenho que admitir

Muito bonitinha, danadinha, mas dá um trabalho. Saiu bem na foto mas não está mais comigo. Fica pra próxima.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008


Essa mulher poderosa, gostosa, tava morrendo de frio.
Mas como ela é guerreira, fez o que tinha que fazer.

Um pouco chato

Esse é um intevalo do curso sobre o Moodle que estou fazendo. É um pouco chato porque apesar de eu não saber muito desse ambiente há muitos que sabem menos que eu.
Mas eu evou levando.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Adotei...

Adotei? Tentei adotar uma cachorrinha. Já estava me sentindo culpada porque em todos os lugares por onde ia as pessoas ficavam falando do seu cachorrinho de estimação. E eu? Não tinha um?
Então, uma amiga que vai se mudar para um apê apertadinho me ofereceu sua cachorrinha Marina, que eu já conheço bem. Ela é sapeca, ruidosa, marronzinha, bonita, bem feminina, se é que posso dizer isso de um cão. Dá pra notar que eu não tenho jeito com eles, né?
Pois é, veio pra minha casa. Organizei tudo. No primeiro fim de semana, levei pra dar banho e tosa, comprei um vestidinho, puseram lacinhos nas orelhinhas. Ficou linda. Latia um pouco aqui em casa quando ouvia barulhos de outros cães. Tentava me lamber mas eu não deixava. Se tem uma coisa que eu não gosto é de lambida de cachorro, me dá ânsia saber que eles se lambem todo até na xereca e depois vem me lamber. Mas eu colocava ela no emu colo, fazia carinho, carregava. Me afeiçoei
Mas tem um detalhe e é isso que me faz contar essa história no passado: ela já tinha mais de 1 ano e nem o pip dog nem nada disciplinava seus hábitos de xixi e coco. Então eu acordava de manhã com coco e xixi na cozinha, chegava do trabalho e lá vai a Maria limpar merda e mijo de cachorro.
Não tem amor que resista. Ela ainda está aqui em casa, mas sábado vamos levar para outra amiga que vive numa casa com quintal e que quer uma cachorrinha.
Sinto pelos meus sobrinhos que queriam que eu ficasse para ver mais vezes a Marina. Mas também não é justo manter uma cadelinha presa num apartamento sozinha o dia inteiro, se estressando. Eu só volto a noite pra casa.
Na verdade, tô me sentindo um pouco culpada por não ter a capacidade de aceitá-la como ela é (afetuosa, mas irracional). E eu com minha racionalidade pseudo-afetuosa passo essa responsabilidade pra outra pessoa.
E digo: isso está relacionado com o que disse em uma postagem anterior. Agora vivo um momento que faço minhas escolhas, não importa quais sejam elas. E nessa possibilidade de escolha, descobri que prefiro crianças e plantas.
Talvez daqui a alguns anos encontre um filhote recém-nascido para educar e ele possa viver comigo. Agora não estou preparada.

DELE

Enfim tive coragem. Semana passada fiz o exame do DELE. Passei semanas estudando e tentando incorporar os conhecimentos que obtive no curso em Salamanca para tentar tirar o Diploma que até hoje não tinha por preguiça e medo. Não sei de quê, o exame é façil. Mas sempre perdia a data para inscrição, acho que era o medo que me detinha. Fiz o intermedio, poderia ter feito o Superior afinal fiz uma faculdade de língua espanhola e já dou aula há 10 anos, mas minha insegurança é uma merda.
Vamos ver o que rola. Já vou me inscrever para o próximo em novembro e dessa vez será avançado.
Ah, fiz essa prova em segredo, não contei para absolutamente ninguëm, só quem ler meu blog saberá.
Épra dar sorte.

Amigos internacionais

É pra vocês que eu estou escrevendo esse texto. Vocês que eu conheci em Salamanca, em Barcelona, em Sevilha. Novos amigos com quem estamos estreitando os laços de afeto, de amizade. A gente nunca sabe se o que plantou vai germinar, por isso lançamos na terra muitas sementes, uma delas pode brotar. E eis que sinto brotar sementinhas como Flora, Manuela, Richard, Juan, Joan, Elisa. Uma sementinha mais antiga já deu flores e frutos, minha querida Anna, que já está fazendo um ano que chegou ao Brasil.
Alguns de vocês só escrevem em italiano (Elisa), espanhol (Flora, Joan e Juan), alemão (Richard). Mas acho que todo mundo entende o que eu tô dizendo, né mesmo?
É uma forma de mostrar meu carinho por vocês, pessoas de cultura diferentes da minha, mas com uma sensibilidade e capacidade de compreensão sem iguais.
Gostei muito de conhecê-los e sinto que a gente ainda vai se encontrar.
Beijos

Página pessoal

Já não bastava o blog, o orkut, os e-mails e toda a parafernalha e agora estou fazendo um curso para aprender a fazer minha página pessoal. Não sei se precisava de um curso, porque se parece com o blog. Mas é que é uma coisa mais profissional, onde vou colocar meu perfil como profissional e precisa ser mais elaborado. Está em contrução e quando estiver pronto vou usar como ferramenta Moodle para fazer atividades à distância com meus alunos. Vai ser muito bom. Só espero não ter que trabalahr mais do que já trabalho.
Agora, eu só queria meu técnico de confiança de volta pra me ajudar com os vírus no computador, mas quem sabe quando a gente deixa de depender não aprende a se virar sozinha?
É o que eu espero.

Caminhando sem parar

É isso, domingo passado, fiz uma caminhada com os Curitigrinos por um caminho bonito em Witmarsum, sem obstáculos, é claro. Foram 12 km que eu percorri em 2h30 conversando com pessaos legais e curtindo a paisagem, fotografando, rindo.
Nós fomos as mais rápidas, apesar de que não tínhamos essa intenção. Mas o costume né? Depois comemos uma comida alemã, é claro, compramos uns docinhos na Cooperativa deles e voltamos para Curitiba no meio da tarde. O dia estava lindo, ensolarado e eu queria continuar caminhando sem parar.
Vou fazer outras jornadas desta agora na primavera. A única forma que curto sair dos meus saltos e colocar um tênis é quando vou caminhar ou correr, porque não gosto de usar tênis.
Estou observando que estou chegando a uma fase em que descubro meus reais gostos e faço minhas escolhas a partir deles, doa em quem doer. Eu não ligo a mínima. Por exemplo, não gosto de tênis. Todo mundo gosta, eu não gosto. Prefiro sandalinha.

Mais de 15 dias

Mil perdões, é que nos últimos 15 dias aconteceram tantas coisas que eu não tive tempo de escrever minhas benditas impressões. Também não me sinto obrigada, gosto de fazer isso e tenho necessidade. Por exemplo, agora são 00h59 e eu estou aqui escrevendo com gosto.
Sabe, nesses 15 dias em que eu fiz uma caminhada de 12kh em 2h30 por um caminho lindo; comecei um curso para aprender a fazer uma página pessoal - já viu que tô gostando disso, né? -; mantive contato com meus novos amigos internacionais; participei um exame para adquirir um diploma de DELE, adotei uma cachorrinha, não deu pra parar e contar essas coisinhas.
Mas tenho um monte de coisa pra escrever.

domingo, 10 de agosto de 2008

Frio e delicadeza

Que frio do cão! Eu falo muito isso, meus amigos já estão acostumados. Imagina, uma baiana, criada num clima de 25 graus mínimos permanentes, vivendo numa cidade geladinha como Curitiba. É fogo, pra não dizer outra coisa.
Eu gostei muito do verão europeu. Não imaginava aquele calor, principalmente em Sevilla, onde chegava aos 40 graus e o calor vinha da terra deixando nosso corpo "peguento", como se diz na minha terra. Só achei que os dias são longos demais. Eu já sabia das aulas de Georgrafia, claro, mas não imaginava o desgaste que é pra gente, pelo menos pra mim com mais de 40 anos, tendo que caminhar sem parar. O sol já estava a pino às 9h. Das 14h às 17h não se via um pés de pessoa na rua, lojas fechadas, era La Siesta. Nunca acreditei que eles faziam isto, mas fazem e com razão, até eu voltava para o hotel.
Salamanca parece um pouco Curitiba, no quesito clima. Verão quente só das 12h às 17h, depois friozinho. Todo mundo de casaquinho. Eu senti frio lá, minha aula era numa sala medieval, com paredes de pedras grossas e fazia um frio. Lá choveu alguns dias.
Em Paris choveu na minha última noite lá. Eu olhei da janela do hotel e fiquei contemplando aquela chuvinha tocando ao longe o monumento à Bastille. Até chorei de emoção.
Sabe, eu não sou uma besta, sou uma mulher de sentimentos delicados. Essa minha delicadeza é confundida com fraqueza.
Mas tenho muito mais pra contar

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Sem Notre Dame - onde está Nossa Senhora?

Passadas duas semanas que estive em Paris, me sinto talvez não confortável mas um pouco preparada para contar uma coisa muito chata que me aconteceu lá.
Passei três dias maravilhosos naquela cidade. Sozinha, mas cercada de gente de todo o mundo e ouvindo francês por toda parte. O tempo todo: pardon madame, au revoir,(s'il vous plat) - já esqueci até como se escreve isso. Mas para que tanta cortesia, se não há humanidade, se há somente desconfiança, gelo. Gostaria muito que um francês, que lesse em português - coisa rara - lesse esse meu texto.
Não sou racista, entendo bem as diferenças humanas, sei que não sou obrigada a gostar de todos, mas pelo menos tenho que entender as razões que levam os povos a serem como são. Mas sou uma ignorante em história e desconheço os motivos pelos quais os franceses se sentem tão superiores a nós reles mortais.
No último dia em Paris, sexta-feira, 25/08/08, saí antes das 10h para entrar na Catedral de Notre Dame, pois todo dia passava na frente, mas ainda não tinha entrado. O comércio ainda estava abrindo suas portas e eu caminhando pela Rue de Rivoli, vi uma loja aberta. Mono Prix, era seu nome. Entrei.
Estava ouvindo música. Fiquei mais de uma hora entre cosméticos, lingeries, meias etc. Era um mundo de artigos femininos de muita classe. Comprei 113 euros de bobagens. Paguei e quando ia saindo um segurança me abordou. Falava em francês é claro. Madame, vous... levou uma maquilage sem pagar. Foi o que eu entendi. Eu um pouco confusa mostrei minha nota. Eles olharam meu saco, conferiram a nota e me levaram até uma mesinha. O segurança que parecia ser o chefe, veio ao meu encontro com uma maquilage na mão - pó compacto acho eu - dizendo que eu tinha "roubado" uma dessas. Eu neguei, mostrei a nota e eles me pediram para ver minha bolsa. Graças a Deus a loja estava vazia e eu não passei uma vergonha com um público assistindo. Retirei tudo que havia em minha bolsa, mostrei meus bolsos. Quando eles viram que não havia nada, conversaram entre eles. Eu entendi que o chefe afirmava que faltava uma maquiagem e que eu tinha roubado. O outro dizia que não havia nada comigo. Morri de medo de ser incriminada, pois um deles estava com a maquilagem na mão. Tremendo comecei a falar em francês, que eu tinha comprado coisas, que eu havia pago, que eu era uma trabalhadora, brasileira e que aquilo era preconceito. Misturei francês com espanhol é claro. Então, me lembro bem do olhar do segurança que me disse várias vezes: pardón madame, pardón madame. Eu perguntei se podia ir embora, e ele disse: vous voulez aller, madame. Eu saí da loja tremendo, humilhada, decepcionada.
Voltei ao hotel, chorei, chorei, chorei. Guardei minhas coisas e saí em direção a Notre Dame. A fila estava enorme, o sol escaldante. Fui para Saint Chapelle e falei com Deus. Ele me disse que todo rigor europeu é uma farsa para conter o desejo colonialista que já não cabe mais nos nossos tempos. E que eles são uns idiotas, desumanos e presunçosos.
Tenho que voltar a Paris para entrar em Notre Dame.

A meus pés.

Neste blog, há uma foto dos nossos pés (meus e de Anna) pintados de vermelho numa pocinha na Chapada Diamantina.
Agora vejam as condições dos meus pés após 25 dias de caminhadas. Nos dias em que fiquei em Salamanca, andava cerca de 2h30 durante o dia, entre ir e vir de casa para a Universidade. E ainda andava a noite pelos butecos, las terrazas. Não que eu não ande regularmente e até corra. O problema é que eu não gosto de ficar de tênis com um calor do cão. Sandálias Havaianas machucam meus pés de princesa. Tudo que eu calçava no final do dia me fazia um baita calo. Meus pés sofreram para me fazer feliz. Por isso vou render-lhes uma homenagem, colocando-os nesta página principal.
Eles merecem.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O papo no Parque Guel

Ter encontrado a Anna em Barcelona foi muito importante. Talvez mais para ela do que para mim. Dessa vez vi uma Anna muito diferente. Acho que aquela moça que morou na minha casa no Brasil, que viajava sozinha, que parecia tão segura de si, na verdade é uma garota, tentando descobrir-se. Anna não tem tem idéia ainda da sua feminilidade, do seu encanto como mulher.
Lembro com muito carinho da tarde de domingo que passamos no Parque Guel. Subimos tudo, olhamos algumas coisas e nos sentamos naqueles lindos bancos do Gaudi. Ficamos ali falando da gente. E eu, naquele momento, me senti como uma irmã mais velha ou como a mãe dela, falando coisas da minha experiência para que eu pudesse ajudá-la em alguma coisa. Falamos de estudos, trabalho, amor, saúde.
Nesse dia a gente viu o homem mais lindo da nossa viagem. O catalão parecia um deus grego, de olhos verdes encantadores e pele bronzeada. Nós duas ficamos tentando conter nossa baba quando ele me pediu para "tomar una foto suya y de sus padres".
Não haverá uma outra oportunidade como esta. Nunca mais.

sábado, 2 de agosto de 2008

La Giralda y yo

Em Sevilla me aconteceu uma coisa legal. Fui jantar sozinha, estava calor me sentei numa "terraza y pedí unos pinchos". Enquanto comia vi que numa mesa próxima havia um homem sozinho e ficava me olhando o tempo todo. Eu disfarcei, quase virei de costas.
Acabei de comer, pedi a conta. Vi que ele fazia o mesmo. Saí andando por aquelas ruas estrechas com um pouco de medo, mas sabendo que lá eu não corria perigo. Vi que o cara saía na direção contrária. Que alívio.
Andei, andei e de repente me dei conta de que havia uma pessoa andando um pouco atrás de mim. Virei o rosto e era ele. Me deu um medo. Andei quse uns cinco minutos com ele atrás de mim. Quando cheguei na praça de La Giralda, parei e fingi fotografar, para despistar. Ele sentou num banco. Quando eu ia continuar andando, ele chegou junto e me perguntou: ¿Quieres que te tome una foto? Eu virei pra ele, um pouco assustada e sem saber o que fazer e pensei em dizer: Que va. Mas disse: Sí, claro. Ele bateu a foto, me entregou a máquina e disse ya está. Ficou me olhando e eu esperando que ele dissesse alguma coisa. Ele não disse nada, eu agradeci e então ele me perguntou de onde eu era. Começamos a conversar diante de La Giralda.
Fomos andando e ele me convidou para tomar alguma coisa, eu aceitei.
Aí ele me levou no lugar mais agradável que uma pessoa podia estar em Sevilla. Era a cobertura de um hotel, lá havia um restaurante a céu aberto e a gente ficava olhando La Giralda y a catedral de frente e na mesma altura. Lindo demais. Ainda mais na lua cheia. Foi uma noite memorável para mim.
Ele é de Barcelona e estava a trabalho em Sevilla. Um catalão muito agradável, como poucos. Conversamos um bocado sobre o Brasil e a Cataluña.
Ficamos amigos.

Não pode ser...

Há dias que sou só coração. Hoje é um deles. Estou com um banzo daqueles. E o pior que eu nem sei ao certo porque estou sentindo isso. Já olhei pra lua, mas ela está calminha; não estou de TPM; não estou apaixonada (ao menos eu acho). Mas o que será que tá me deixando assim. Macambuzia.
Não saí para nada, fumei um charuto cubano, tomei um licor de Amarula, ouvi música francesa e vi minhas fotos de viagem.
Eu passei muito tempo sozinha e me acostumei com isso. Não que um mês seja muito tempo. Mas eu estou sempre com alguém quando estou aqui em Curitiba. Só falava com estrangeiros, ouvia música no meu MP3 e caminhava sem parar. Fotografava, escrevia coisas no meu caderninho. Aliás ganei um lindo Moleskine da Anna. Moleskine é um caderninho de anotações igual ao que usavam Hemingway, Picasso e outros. Ela me deu pra eu escrever minhas impressões de viagem. Adorei.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Volví

Sí, ahora volví.
Estava morrendo de saudade dessas páginas virtuais que me permitem dizer o que sinto de maneira livre, aberta.
Viajei, caminhei muito, vi muitas coisas, pensei tanto. Me sinto outra. Outra vez. Até quando eu vou mudar. Haverá um dia que olharei no espelho e não mais me reconhecerei. Minha paixão pela língua e pela cultura espanholas se esbarrou no povo espanhol, de culturas variadas, caracteres diferentes. Não são o povo que eu imaginava. Se parecem mais com os curitibanos do que eu achava que podia ser. Só são mais alegres. Da Espanha, acho linda a história de tolerância (falsa) entre muçulmanos, judeus e católicos. Francamente, nunca vi povo mais racista. Acho que nem o alemão é tanto. Aliás adorei os alemães que conheci. E os italianos também. Já os franceses. Paris é linda e tem um mistério. O mistério de não se conseguir tirar aquela música da cabeça. Quase enlouqueci e tive um orgasmo andando com o meu mp3 sintonizado nas radios francesas à margem do Sena. Devaneava, me sentia apaixonada sem comer chocolate. É estonteante.
Depois conto mais.

sábado, 19 de julho de 2008

En otro rincón...

¿Que me olvidé de escribir? No, no me olvidé. Es que ahora estoy con otros objetvos. Cuando vuelva al Brasil, tengo muchas cosas para contar. Me encuentro a gusto ahora en este rincón lejano y inolvidable.
Besos, besos, besos

sexta-feira, 27 de junho de 2008

...

Hoje não quero escrever mais que uma linha. Quero só pensar em segredo.

sábado, 21 de junho de 2008

Fazendo as malas...

Depois da última postagem ficou parecendo que eu não sobrevivi ao Dia dos Namorados, né mesmo? Engano de quem pensou isso. Aqui estou eu, entre fechamento de semestre, abertura de curso, trabalho burocrático e mala para fazer. Está tudo quase pronto e eu estou numa ansiedade! Nem penso mais em namorado, afinal estou indo para a Espanha e vou conhecer muita gente.
E, para surpresa minha, agora que estou dizendo tchauzinho, uns retardatários estão surgindo em meu caminho. Que pena! Tenho que comprar um armário maior. rs.
Sendo brasileira, vivendo neste país onde ninguém é de ninguém mas a mulher é vista como um objeto, seria melhor nascer homem. E lá vem eu com aquela velha conversa.
Homem X Mulher não nasceram para viver juntos, só para estar num ringue se pegando, se tocando e se esbofeteando.
Quanta baboseira estou escrevendo hoje.
Na semana que vem vou escrever de Salamanca. Talvez saiam coisas mais culturais, históricas. Afinal, vou para a primeira Universidade da Europa.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Datas são espíritos

Hoje eu descobri que o Dia dos Namorados foi uma invenção de um marqueteiro, que também inventou Dia dos Pais, das Mães etc., para incentivar o consumo. E isso em vez de me enfurecer, me deixou muito alegre, porque eu sempre fiquei muito triste quando chegava o Dia dos Namorados e eu não tinha namorado. E hoje percebi que eu escapei de ser massa de manobra. Não ganhei nenhum presente mas também não gastei, não corroborei com esse comércio que enriquece a uns e empobrece a maioria.
Essas datas são espíritos. Veja bem o que eu quero dizer: não existe o espírito natalino? O espírito natalino na verdade é o espírito do consumo, da vontade de deter a carência enchendo o guarda-roupa ou comprando bobagens. Agora estamos vivendo esse espírito romântico às avessas: você não morre pelo outro, você gasta pelo outro. É o espírito consumista outra vez.
A partir desse ano, com ou sem namorado, vou preferir lembrar que dia 12/06 é o Dia Internacional de luta contra o Trabalho Infantil. Só isso!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Só comendo açúcar...

Nós mulheres sabemos que quando começamos a querer comer doce é porque os índices de carência estão altos. É isso: uma vontade louca de comer uma torta de morango e chocolate. Pura caloria, mas quanto prazer.
Eu estou assim: uma vontade louca de comer chocolate.
Por outro lado, queria comer isso sozinha, sem ninguém ao meu lado. Aliás, queria ficar sozinha. Eu e eu. Chegar em casa sozinha; tomar um banho quente; vestir uma roupa quentinha; colocar uma música deliciosa; sentar à mesa e comer meu doce.
Mas do que estou reclamando? Eu já faço tudo isso sozinha. E é uma delícia.
Mas hoje eu queria comer esse doce sozinha.
Depois sentar na cama, ouvindo uma música romântica e chorar feito uma criança a quem lhe roubaram o doce. Talvez ouvindo Pablo Milanés cantando "La canción más hermosa del mundo" Quando eu ouço essa música, derreto. E se tivesse comido um doce acho que viraria açúcar dentro de um copo de chá, bem derretidinho.
São esses dias em que a gente se sente pequenininha, mulher então é uma flor que desabrocha e murcha incansavelmente. Mas às vezes eu me canso disso. Queria só desabrochar. Assim não choraria enqanto escrevo esse texto.
Vou parar e deitar um pouco, talvez seja cansaço. Eu sempre sou uma guerreira, passo pelas depressões tão consciente delas que me irrita.
Isso é loucura!

domingo, 8 de junho de 2008

Revendo o passado....

Uma criança pode sofrer muito sozinha, em silêncio. Quando a gente é criança tudo parece tão grande pra nós. Eu estou vendo isso no meu querido Joãozinho. Me sinto muito responsável por ele, mas não sei o que fazer para ajudá-lo. Minha amiga, sua mãe, agora está recuperando a sobriedade, mas o menino é um fruto de momentos muito difíceis que nós duas passamos. Eu precisava sair daquele relacionamento, me sufocava, me mantinha prisioneira. Além disso, estava apaixonada, não via nada ao meu reodr que não fosse o amor, a paixão. Deixei tudo e fui viver minha vida. Mas a criança ficou na mão de uma mãe desequilibrada, sem forças para lutar. Ela desmoronou e o pequeno sofreu as conseqüências: apanhou muito, foi maltratado, não foi ouvido, sofreu o pão que o diabo amassou. Agora está rebelde, agressivo, mas parece triste porque não quer ser assim, mas não consegue se conter. Eu quero ajudar, mas acho que ele precisa de ajuda psicológica. Precisa de afeto, amor, mas de um pulso forte. Mas eu não perdi a esperança porque se há algo no mundo que demande esperança, esse algo é uma criança. Ele vai se curar, vai ser um adulto maravilhoso, forte, feliz e amoroso. Eu tenho certeza disso.
Eu sou mãe, não posso negar minha responsabilidade e nem quero.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

De Barajas a...

Nunca me senti tão ansiosa por algo como estou agora. Mas é uma ansiedade boa, calma, lúcida. É possível isso? É que está para se realizar um sonho na minha vida. Acho que não deveria chamar de sonho, mas faz tanto tempo que quero ir à Espanha que para mim é um sonho. Pensar que no mês que vem voy a escribir desde Salamanca me deixa muito ansiosa. Cautela e ansiedade são minhas gotas homeopáticas nestes dias. Agora só faltam 23 dias. Muitas coisas para ajeitar. Mas estou muito tranqüila, fazendo tudo direitinho, sem perder a esperança. Estou tão equilibrada que hoje até atualizei meu Lattes, vou precisar dele em Salamanca para fazer meus contatos.
Sinto no ar que quando eu voltar de lá haverá uma grande mudança na minha vida. Não sei o que é, mas eu sinto isso. Hoje conheci o prof. Cayo pessoalmente, vamos juntos a Espanha. Sempre falo com ele por e-mail e nos víamos em Congressos, mas eu nunca conversei com ele. É uma pessoa especial. Me sinto tão inserida na cultura espanhola nestes dias que tudo me leva a ela. É incrível.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Mães deveriam ser eternas...

O fim de semana prolongado parecia que ia ser uma delícia. Não chovia, prometidos dias ensolarados. Mas pra mim foi um tromento. Passei todos os dias na cama. Gripe forte, dor de cabeça, de garganta, febre. Tudo de ruim. No fim tava tomando medicamentos fortíssimos, suando frio, sem fome e vomitando. Parecia o inferno ou mal olhado, né?
Como sempre, a Pollyanna em mim falou mais alto e eu pude registrar dois momentos muito importantes e refletir um pouco sobre minha vida.
Fui almoçar com uma amiga querida, realista, positiva, um show de pessoa. Por três horas não senti nenhum sintoma de doença. Ela me curou por horas.
À noite conversei mais três horas com uma pessoa muito especial para mim. Enquanto conversávamos ia passando um filme pela minha cabeça, de lembranças, de sensações únicas no passado. E eu vi que as pessoas têm muito medo de enfrentar a si mesmo. Que eu também tenho muito medo de me enfrentar e que por isso fico criando subterfúgios para escapar da minha própria presença. Percebi nesta conversa que eu preciso ficar um tempo sozinha, sozinha mesmo, sem ninguém.
Quando a gente tá doente, a gente descobre quem é amigo mesmo, quem se importa com a gente. Sábado pela manhã, com muita dor de cabeça, febre, liguei pra minha mãe e contei que não estava bem. Daí por diante ela não parou mais de me ligar, preocupada, tentando me alegrar. Eu percebia a angústia dela por não estar perto. Eu não queria preocupá-la, mas precisava de colo e fui buscar. Acho que mães não podiam morrer, deveriam ser eternas.
Minha família aqui em Curitiba também me deu o maior apoio e é com quem eu conto mesmo aqui. Sou uma guerreira, porque esta cidade é uma selva de pedra e eu vivo nela aos trancos e barrancos.
É, foram quatro dias terríveis, mas eu aprendi mais uma vez uma lição que nunca devo esquecer: todo mundo é amado por alguém, mas nem todo mundo te ama do mesmo jeito.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Qui ne l'est pas!

"Je suis étrange, qui ne l'est pas!" C'est une citacion de un poeme de Puchkin, "Os Ciganos". Je ne sais pas parce que j'amie beaucoup l'ecrire mais je sais que ne pas bon ne pas faire le que on qui.
Vous voulez le dire une chose mon blog:
Tu es un véritable ami. Pour quoi?
Un véritable ami m'ecoute quand j'ai besoin. Je peux lui parler de ma vie, de mes problèmes. C'est une personne généreuse, confiable. C'est une personne qui me manque terriblement quand il est loin.
Un véritable ami peut être timide ou extroverti, ça n'a pas d'importance.
Je peux lui parler de mes joies, de nous émotions.
On peut compter sur lui.
J'ai un véritable ami: mon blog. Pour quoi pas?

terça-feira, 13 de maio de 2008

Tú y yo, palabras mías

Es que necesito escribir, y tanto que no me doy cuenta que a cuantos idiomas venga yo a hablar más oportunidades tengo yo de expresarme. Me suena bien el francés, pero te lo juro a pies juntillas que no le cambiaría por mi más antigua pasión: el español. A lo mejor sería bueno aprender "english" a ver se a trancas y barrancas me lo dirían que soy una políglota, aunque no tenga tal deseo. Quizás el alemán, el japonés, el mandarín, quizás una lengua indígena. No, se lo que quiero es escribir, lo puedo hacer en mi propio idioma. Siempre a un dos por tres estoy queriendo poner mis ideas en el papel y ellas me vienen a la chita callando no importa el idioma. Como la canción de Joaquín Sabina: "esa noche canté al piano del amanecer todo mi repertorio."
Y las palabras me vienen así: "yo quería dormir contigo y tú no querías dormir sola..." Así dos enamorados prefieren no dormir. Tú y yo, palabras mías, queremos una a la otra. Y antes que nos marchiten el deseo o que marchen la fuerza escribo esas palabras un poco ensandecidas. Y el sentido, aunque no parezca, es la fuerza iniludible que tiene el amor a algo tan fuerte como las palabras.
Tú y yo, palabras mías. Las quiero mucho.

domingo, 11 de maio de 2008

Preciso escrever

Hoje na livraria do novo shopping de Curitiba, li uns capítulos do novo livro da Maitê Proença, Vida inventada, e fiquei pensando que ali estava uma escritora que tem o meu estilo, ou talvez de quem eu gosto do estilo e acho que sei escrever da mesma forma. Não tenho a pretensão de me igualar a uma pessoa que já escreve crônicas há alguns anos para a revista Época, mas acho que somos um pouco parecidas. Minha amiga comprou o livro e eu vou ler. Não é a história em si, porque é uma biografia, mas a forma como ela reflete sobre cada ato da sua vida.
Preciso urgentemente reunir meus textos espalhados por aí. Não sei de que forma posso publicar. Já pensei em diário, em transformar meus textos em algo divertido para vender. Talvez eu tenha que investir para publicar o primeiro exemplar. Tenho visto tanta porcaria nas livrarias, livros tão idiotas e que vendem...
A partir de agosto vou colocar isto como foco. Enquanto isso vou pensando no formato, nas ilustrações, na distribuição dos capítulos.
Agora não posso pensar em outra coisa, porque meu foco é outro, é a realização de um sonho.

sábado, 3 de maio de 2008

Minhas fases

Eu já passei por muitas fases, como a Lua. Estou falando como mulher, em ser mulher.
Quando eu era adolescente, era bonitinha e oscilava entre a gostosinha e a santinha que vivia dentro de uma igreja. Até na forma de vestir era ambígua: na igreja, saia; em casa shorts. Fui pra faculdade e aí só queria minissaia, bermudinha; aquele calor da porra em Salvador. Me tornei uma professora e me cobri um pouco mais, mas só na sala de aula; quando saía à noite e nos finais de semana era tudo coladinho, dessa vez a gostosona. Quando vim para Curitiba, o bicho pegou: na Bahia detestava meia-calça, manga larga e gola alta. Aqui em Curitiba não tem como não usar essas pragas. Depois dos 35 anos passei por uma fase senhora: cortei o cabelo curtinho, comprei umas roupas em tons pastéis, sapatos de bico fino.
Mas essa fase também passou rápido, depois que acabei o Mestrado.
Fiz 40 anos. Aí a vida começou. Me olhei no espelho e disse: pôxa, não deixo a desejar pra nenhuma dessas garotas adolescentes que andam por aí. Sou magra, tenho um bumbum arrebitadinho, um corpinho de violão. Tá certo que sou baixinha, mas descobri agora que o mundo é das mignones para os homens. Tá certo que os peitinhos são pequenos, mas e daí? E então nesta nova fase vale tudo: calça jeans apertadas, top, minissaia, shorts, bermudas, vestidos. Tudo que ficar bonitinho tô usando. Não vai ficar ridículo, porque afinal ninguém sabe a minha idade. Não estou caindo aos pedaços, ainda. Aliás, eu não sei o que é que eu tenho, deve ser mel e pouca modéstia porque não faltam olhares pra mim por onde eu passo. E eu adoro isso. Sou uma sedutora profissional e não preciso vestir marcas e nem ser linda. Uma amiga me disse que eu tenho borogodó, sexy appeal, bien roulée.
Eu não sei o que me aguarda na próxima fase, mas eu tenho certeza que a juventude que está dentro de mim vai sempre ser exteriorizada e vou poder usar o que eu quiser quando eu quiser. E quero morar num lugar que tudo seja permitido, que não haja tanta gente provinciana ao meu redor pra ficar com vergonha por você.
Que eu possa ser eu mesma.

Tudo outra vez

Eu ouvi dizer que, quando a gente tem uma experiência na vida e não aprende com ela, volta a contecer algo parecido, na mesma vida, como forma de nos dar uma oportunidade de aprendizado. Tenho lá minhas dúvidas sobre isso, porque acho que a vida é muito curta pra ficar se repetindo. Mesmo assim tenho medo de que possa ser verdade e eu tenha que viver todas as angústias que vivi tempos atrás por não ter aprendido. Por isso tento ser uma boa aluna e não errar três vezes. Duas até considero escorregão, desatenção. kkkkkkkkkk
Uma hora dessas eu conto minha experiência repetida e vocês vão dar até risada, porque parece até mentira mas é igualzinha. A única diferença sou eu. Euzinha que não gostei da primeira e não estou querendo repeti-la.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Lua minguante

Não entendo muito de luas, mas sei que elas, assim como influenciam nas marés, nos nascimentos, influenciam nos comportamentos. Sei, por exemplo, que lua cheia deixa a mulher agitada, nervosa ou inquieta.
Estamos na lua minguante. Ouvi dizer que não é um bom período para iniciar projetos porque tudo está minguando como a lua. Não sei se é verdade mas parece que a gente murcha. Fica sem vontade, preguiçoso. Junta essa crença com o cansaço natural do dia a dia, nos tornamos inúteis, inertes. Hoje, por exemplo, apesar de quase tudo ter dado certo comigo, me sinto exausta, querendo ser carregada numa rede de um lado para o outro.
E o que será que acontece com a gente nas outras luas - nova e crescente. Os cabelos crescem, as plantas nascem e...
Eu creio em tudo isso, mas acho que seria melhor não crer, porque a gente acaba dirigindo nossa vida neste caminho, e somos induzidos a certos comportamentos por causa da nossa crença. Assim entendo quando a alguém na Bíblia diz: como imagina o homem em sua alma assim é. Era um sábio este Salomão.
Mas eu não sou tão sábia assim e, por ingenuidade ou medo, me apego a pequenas crenças - algumas milenares, - para justificar a minha falta de explicação para tudo que ocorre em minha vida. E pra que explicar? Viver é preciso.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

A fraglidade do mundo moderno

Estamos suscetíveis à abertura do mundo moderno. O fim da privacidade constrange a todos. A pós-modernidade implica em quebra de fronteiras e de marcos que possam separar eu do outro. Somos agora mais individualistas que antes, mas é um ledo engano pensar que o indivíduo está protegido em seu ego, seu eu. A começar pelo suporte virtual que utilizo agora. Não há nada que nos fragilize mais do que ter nossa vida colocada numa máquina, através de sites, MSNs, blogs, orkut etc. A vida primitiva trazia outros riscos, mas já estávamos acostumados a eles. Esses novos riscos nos amedrontam de uma forma inusitada, é o inimigo invisível. E não sabemos como nos proteger: anti-vírus não resolve, nossos dados são descobertos, porque não sabemos quem está por detrás da "pantalla" do computador.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Feras irracionais e insensíveis

Por que nós mulheres, seres tão inteligentes, demoramos tanto para entender os homens? Eles são tão simples. Não há complicação alguma no pensamento masculino. Eu diria complexidade. Tudo o que eles dizem é o que eles querem dizer realmente. Isso quando não mentem. O problema é que nós, seres muito mais inteligentes, esperamos que eles nos digam algo ou nos respondam de acordo com nosso ponto de vista e isso nunca acontece. Eles são da caverna mesmo! Só se preocupam com a própria sobrevivência e a nossa quando somos as últimas mulheres e eles podem ficar sem alimento.
Quanto mais a gente os conhece mais a gente nota que todos eles são muito parecidos. Homem gosta de mulher burra, as inteligentes são concorrentes. Eles detestam gastar dinheiro, são unha de vaca. Poucos gostam de ir ao cinema, ao teatro, a um espetáculo de música com a namorada. Nem ao motel querem ir para não gastar. Querem se entocar na casa da garota, se possível for.
Não ligam a mínima para fantasias sexuais. As fantasias são nossas. Eles nem ligam se estamos com uma lingerie nova, querem tirá-la. São pura carne. Se esforçam muito para serem sentimentais, sensíveis e às vezes espirituais, mas dura pouco. É pedir demais! Gostam do próprio umbigo, do trabalho, dos amigos, do seu pênis.
São ou não são muito simples?
Fora isso, inventaram algumas coisas muito úteis para a sociedade: a roda, o carro movido a motor, o cinema, a TV. Permitiram todas as guerras do planeta, destruíram a natureza e têm um sêmem que pode dobrar a população do planeta, mas não o usam com esse objetivo.
Governam países, cidades, mas não se governam. Pode ter certeza: um homem aprumado, firme, seguro ou é casado, ou tem namorada ou vive com a mãe. Sozinhos, sem mulher, só se sustentam se forem afeminados. Podem até parecer felizes e satisfeitos, mas estão com uma camisa velha ou amarrotada e nós sabemos que isso significa falta de zêlo e de mulher.
Desculpem se exagerei no feminismo, mas faz tempo que estou com vontade de falar isso. E não disse tudo pra não ofendê-los, já que os adoro e até quero vir na outra vida como homem. Mas é duro conviver com essas feras irracionais e insensíveis. É carregar pedra!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Mil almas

Cada livro que leio é como cada pessoa nova que conheço: aprendo muito com ele(a). Estou lendo O Lobo da Estepe, do Hermann Hesse, e estou entusiasmada com o mundo desse homem de 50 anos, solitário, sozinho, triste. Há um capítulo cujo título é Tratado do Lobo da Estepe e o personagem diz que ele são dois: um homem e um lobo. Um quer se incluir, outro naturalmente se exclui. Uma certa hora ele diz que não são apenas dois que um homem tem mil almas e que naquele momento estava vivendo com uma de suas almas. Ele estava aprendendo a dançar. "o pensador Harry tem cem anos, mas o bailarino Harry tem apenas meio dia." É isso: precisamos dar vasão a uma dessas almas a cada dia, para nos renovar. Viver experiências novas. Já alimentamos por muitos anos nossas outras almas com coisas das quais gostamos ou não. Veja um trecho dolivro:
"O Tratado do lobo da estepe e Hermínia tinham razão em sua teoria das mil almas; amiúde surgiam em mim, junto a todas as antigas, algumas novas almas, com suas pretensões, alvoroçadas, e agora via claramente, como um quadro posto diante de mim, o processo de minha personalidade até então. As poucas habilidades e matérias em que eu casualmente era forte haviam ocupado toda a minha atenção, e eu pintara de mim a imagem de uma pessoa que não passava de um estudioso e refinado especialista em poesia, música e filosofia; e como tal tinha vivido, deixando o resto de mim mesmo ser um caos de poetencialidades, instintos e impulsos que me pareciam um transtorno e por isso os encobria com o nome de Lobo da Estepe."
Eu me identifiquei com este personagem. Não quero deixar minhas outras potencialidades extinguirem-se à margem da falta de atenção e da valorizaçào do que supostamente acredito ser melhor, ter mais profundidade. Afinal, nosso juizo de valor também não se estabelece com clareza no presente. É preciso distanciamento para poder julgar e, mesmo assim, há falhas no julgamento.
Vou pensar mais nisso.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Não existe vida comum

Cuidado com a ambigüidade. Não estou falando de vida em comum, mas de vida comum, normal, sem novidades. Não existe vida comum. Todo mundo tem uma vida diferente. Nós é que julgamos a vida do outro mais ou menos interessante. Há pessoas que levam uma vida simples, rotineira e gostam disso. Outras vivem aventuras a cada minuto e também gostam disso. O problema é quando não se está satisfeito com a própria vida, o andamento das coisas. Há duas atitudes: ou se pára e espera a vida mudar de direção ou força o remo e muda a direção dela mesmo contra a vontade, se é que é possível. Tenho as minhas dúvidas. Todas as vezes que tentei mexer no remo contra a vontade do vento, me ferrei. Sou daquelas que prefere esperar o vento mudar de direção, mesmo que com uma certa impaciência. Na verdade, tenho grande confiança na virada do vento, por isso prefiro esperar. Ter confiança é ter fé. Certeza daquilo que não vemos mas que sabemos que existe, que virá. Isso é fé. Tenho muita fé, confiança. E gosto de metáforas.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Depois de uma Páscoa e tanta, com muitas passagens,mudanças, coelhinhos, chocolates, agora chegou o mês de abril.
Que vou fazer em abril, além de trabalhar. Pensar. Estou pensando muito, estou mudando muito rapidamente. Estou exercendo controle sobre minha vida também muito rapidamente.
No FTC (Festival de Teatro de Curitiba) vi uma peça muito interessante sobre o suicídio. Eram encenações de cartas escritas por suicidas. Cartas verdadeiras. Fiquei impressionada com as razões que levam as pessoas a se matarem: são sempre perdas. Perdas amorosas, perdas financeiras, perdas de honra, perdas de saúde. Não sou uma suicida em potencial, não acho necessário tirar a vida. Mas entendo quem não consegue resistir às perdas. São muito complicadas. A dor é infinita e a solidão de quem perde é indecifrável. Sou filha de um homem que tentava o suicídio sem conseguir, tomava comprimidos, dizia que ia se jogar da ponte, era um dramático. Eu não sou assim, quando algo me deprime, penso em formas de escapar. E sempre consigo. Assim como a dor vem em ondas, a felicidade também vem em ondas. Às vezes conseguimos pegar essa onda, às vezes levamos um caldo, um caixote, não importa. Mas eu sempre saí viva, nunca me afoguei. Por isso estou aqui escrevendo. Estou muito feliz, me sinto forte.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Feliz Páscoa

Faz alguns dias que não escrevo, mas não é por falta de vontade. É que toda vez que entro no Blogspot para atualizar, meu mouse trava, pára tudo. Alguma coisa no meu comp.
Mas aqui estou de volta. Perto da Páscoa, com vontade de comer muito chocolate. Mas querendo também refletir sobre o sentido da Páscoa. A Páscoa significa mudança. O Cristianismo nos faz lembrar do sacrifício de Cristo na cruz do calvário. Nós podemos nos lembrar de um evento anterior ao Novo Testamento, que é a libertação do povo juedeu:(Ex 12,1-14; 21-28)
As famílias judias, sob a ordem de Deus, matavam um cordeiro e comiam-no às presas depois de terem colocado seu sangue nos batentes das portas, como símbolo de que ali vivia alguém protegido de Deus.
O povo judeu, sob a condução de Moisés, tenta atravesar o Mar Vermelho em direção à Terra Prometida. Mas o Faraó e seus exércitos perseguia-o. Encurralados no mar, sem armas, muitos foram aniquilados. Os sobreviventes ficaram escravos. Então aconteceu um milagre: Moisés, sob a ordem de Deus, estende a mão em direção ao mar, e as águas se abrem para dar passagem aos hebreus. Assim que eles terminaram de passar o mar voltou ao seu percurso matando os egípcios e todo seu exército.
O povo está livre. Vai assim caminhar para a Terra Prometida.
Este dia, graças à intervenção de Deus, os Judeus passaram (Páscoa quer dizer passagem) da escravidão à liberdade, do exílio à pátria, da terra dos ídolos àquela do verdadeiro Deus, do país de escravidão à terra prometida.
Para mim, a Páscoa é isso, momento de reflexão, de agradecimento pela misericórdia de Deus. Páscoa é passagem: passagem por este mundo, passagem por fases, passagem na vida. Estamos de passagem, a vida é uma Páscoa.
Feliz passagem para todos.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Os mistérios dessa vida

A vida é realmente surpreendente! Quando menos esperamos ela nos reserva uma surpresa. Por exemplo, estamamos esperando desespero em determinada situação e nos defrontamos com tranqüilidade, calma. Eu aprendi nos últimos dois anos que quando uma coisa não tá dando, não insista, parta pra outra ou espere mais um pouco até chegar a hora. Faço isso com todos os meus problemas, projetos, relacionamentos. Estou diminuindo a ansiedade, acho que vou viver mais. Não me sinto mais tão cansada. Estou MUITO melhor agora.

quarta-feira, 5 de março de 2008

A mulher e o vestido

Mulheres podem vestir qualquer roupa. Usam blusas, saias, calças compridas, bermudas, shorts, calcinhas, soutiens, camisola, pijama, qualquer coisa. Mas não há nada que combine mais com uma mulher do que um vestido. O vestido é perfeito, é peça única, econômica nos traços e nos acessórios. É a prórpia feminilidade. Vocês já viram um homem de vestido? Fica horrível. Mas numa mulher tudo é graça. De vestido somos mais olhadas. Os homens parecem notar-nos. Há um mistério a ser revelado por debaixo daquela peça simples.
Pode ser acinturado ou solto; curto ou comprido; estampado ou liso; clássico ou esportivo. Não importa é charmoso. Agora, nem todas as mulheres ficam bem de vestidos. As altas ficam melhores de longos; ombros largos e ausência de quadril deixa o vestido quadrado e parecendo que está compondo um baile gay.
É preciso ter pernas para vestir um vestido. Não podem ser muito finas, pois fica parecendo Olívia Palito; muito grossas notam-se as celulites; pernas compridas precisam ser cobertas; pernas curtas não precisam ficar todas à mostra. Um vestido nunca deve constranger a mulher ou pelo decote ou pelo comprimento. Precisa caber na forma. Os seios também são importantes: enchem um espaço vazio entre o rosto e a cintura. Por isso o decote deve ser marcante e discreto.
Uma mulher-mulher, uma mulher que tem borogodó sabe como usar a arma que é o vestido. Sabe seduzir, atrair e enredar um homem só passando com seu vestido abanando de um lado para o outro. Emanando seu perfume, seu jeito, seu algo mais.

domingo, 2 de março de 2008

Com o tempo...

Para parodiar Mario Quintana mas, é claro, sem a sua destreza, digo que com o tempo eu percebi que para ser feliz é preciso ter alguém do seu lado. Mas esse alguém precisa gostar de estar ao seu lado. É preciso aprender a dizer não. E a não se arrepender disso. É preciso lembrar dos amigos, alimentar as boas amizades. É preciso ficar sozinho por um tempo. É preciso não precisar de coisas, de objetos, de nada. É preciso perceber o instante como único e sugá-lo até que não fique mais nada a não ser a memória desse instante. É preciso acreditar na lei do retorno, do velho Nietzesche, e saber que não tem escapatória, tudo que fazemos retorna pra nós. É preciso ser solidário, humilde, persistente. É preciso reconhecer-se arrogante, egoísta e medroso. É preciso visualizar o belo, o intangível. É preciso suportar a tristeza, conviver com a melancolia e usufruir da alegria. É preciso não ter tantas expectativas irreais. É preciso arrepender-se de algumas atitudes, é preciso pedir perdão, é preciso perdoar. É preciso saber que não dá para levar tão a sério a frase: "eu não me arrependo de nada do que fiz", pois nos arrependemos sim. É preciso ser HOMEM, para encarar certos desafios e ser MULHER, para sofrer as conseqüências de cabeça erguida. É preciso usar o feminino e tudo aquilo que ele representa em nós para entender, ou tentar entender, este mundo. É preciso ser feminina. É preciso ser mulher.

sábado, 1 de março de 2008

Por que hoje é sábado? eu pergunto.

O dia da criação
Vinícius de Moraes

Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas, como o mar
Os bondes andam em cima dos trilhos
E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar.

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por via das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo mal.

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.

Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.

Neste momento há um casamento
Porque hoje é sábado
Hoje há um divórcio e um violamento
Porque hoje é sábado
Há um rico que se mata
Porque hoje é sábado
Há um incesto e uma regata
Porque hoje é sábado
Há um espetáculo de gala
Porque hoje é sábado
Há uma mulher que apanha e cala
Porque hoje é sábado
Há um renovar-se de esperanças
Porque hoje é sábado
Há uma profunda discordância
Porque hoje é sábado
Há um sedutor que tomba morto
Porque hoje é sábado
Há um grande espírito-de-porco
Porque hoje é sábado
Há uma mulher que vira homem
Porque hoje é sábado
Há criançinhas que não comem
Porque hoje é sábado
Há um piquenique de políticos
Porque hoje é sábado
Há um grande acréscimo de sífilis
Porque hoje é sábado
Há um ariano e uma mulata
Porque hoje é sábado
Há uma tensão inusitada
Porque hoje é sábado
Há adolescências seminuas
Porque hoje é sábado
Há um vampiro pelas ruas
Porque hoje é sábado
Há um grande aumento no consumo
Porque hoje é sábado
Há um noivo louco de ciúmes
Porque hoje é sábado
Há um garden-party na cadeia
Porque hoje é sábado
Há uma impassível lua cheia
Porque hoje é sábado
Há damas de todas as classes
Porque hoje é sábado
Umas difíceis, outras fáceis
Porque hoje é sábado
Há um beber e um dar sem conta
Porque hoje é sábado
Há uma infeliz que vai de tonta
Porque hoje é sábado
Há um padre passeando à paisana
Porque hoje é sábado
Há um frenesi de dar banana
Porque hoje é sábado
Há a sensação angustiante
Porque hoje é sábado
De uma mulher dentro de um homem
Porque hoje é sábado
Há uma comemoração fantástica
Porque hoje é sábado
Da primeira cirurgia plástica
Porque hoje é sábado
E dando os trâmites por findos
Porque hoje é sábado
Há a perspectiva do domingo
Porque hoje é sábado

Por todas essas razões deverias ter sido riscado do Livro das Origens,
ó Sexto Dia da Criação.
De fato, depois da Ouverture do Fiat e da divisão de luzes e trevas
E depois, da separação das águas, e depois, da fecundação da terra
E depois, da gênese dos peixes e das aves e dos animais da terra
Melhor fora que o Senhor das Esferas tivesse descansado.
Na verdade, o homem não era necessário
Nem tu, mulher, ser vegetal, dona do abismo, que queres como
as plantas, imovelmente e nunca saciada
Tu que carregas no meio de ti o vórtice supremo da paixão.
Mal procedeu o Senhor em não descansar durante os dois últimos dias
Trinta séculos lutou a humanidade pela semana inglesa
Descansasse o Senhor e simplesmente não existiríamos
Seríamos talvez pólos infinitamente pequenos de partículas cósmicas
em queda invisível na terra.
Não viveríamos da degola dos animais e da asfixia dos peixes
Não seríamos paridos em dor nem suaríamos o pão nosso de cada dia
Não sofreríamos males de amor nem desejaríamos a mulher do próximo
Não teríamos escola, serviço militar, casamento civil, imposto sobre a renda
e missa de sétimo dia.
Seria a indizível beleza e harmonia do plano verde das terras e das
águas em núpcias
A paz e o poder maior das plantas e dos astros em colóquio
A pureza maior do instinto dos peixes, das aves e dos animais em [cópula.
Ao revés, precisamos ser lógicos, freqüentemente dogmáticos
Precisamos encarar o problema das colocações morais e estéticas
Ser sociais, cultivar hábitos, rir sem vontade e até praticar amor sem vontade
Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto Dia e [sim no Sétimo
E para não ficar com as vastas mãos abanando
Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança
Possivelmente, isto é, muito provavelmente
Porque era sábado.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Quando se deseja profundamente

Não sou muito de acreditar em milagres. Para mim as coisas só acontecem quando luto muito. É só suor e lágrimas. Mas estou tendendo a acreditar que uma alavanca para a concretização de alguns sonhos está na crença de que eles vão se concretizar. Uma amiga me mandou uma mensagem dessas sobre o pensamento positivo e falava sobre a não tão atual e famosa lei da atração. Eu quis responder a mensagem dizendo que o único poder da atração em que eu confio chama-se baton e calça apertada. Mas antes li a mensagem e fiz o que me pediam. Pensei profundamente em algo que desejo muito. Não tive nenhuma dificuldade para escolher o que queria. Veio à mente na hora. Então desejei profundamente e até visualizei a concretização daquele desejo. O intrigante é que tive certeza de que não iria começar a acontecer a partir daquele momento. Já estava acontecendo. Eu fiquei emocionada, feliz e certa de que quando se deseja algo profundamente este algo já está a caminho. Daqui uns dias falo mais sobre este assunto.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Culpa de quê?

Sabe quando alguma coisa lhe angustia e você não consegue discernir o que é? Quando você sente uma culpa enorme por algo que você não fez? Esse sentimento é terrível. Estou a horas achando que alguma coisa deveria ser de uma forma e como não é tô encanfifada (é assim que se escreve?) Terrível isso. Não devo satisfações dos meus atos a absolutamente ninguém e mesmo assim sinto que algo não foi como eu gostaria que fosse. Essa criação judaica-cristã é um embuste nas nossas vidas, principalmente para nós mulheres, que somos ainda tão vítimas das opiniões da sociedade. A gente faz o que gosta, tem direito de se arrepender ou não, não é mesmo? Mas às vezes nossa cabeça pensa assim mas nosso coração não. E esse descompasso entre cabeça e coração nos deixa desorientados. Calculo que só aos 60 anos vou poder dizer sem falsidades que não me preocupo com o que as pessoas pensam de mim. Hoje me preocupo sim. Gostaria de não me preocupar. Não falo de todo mundo, mas daquelas pessoas mais próximas, das quais inconscientemente ainda precisamos de aprovação. Esses dias uma professora de Yoga que eu conheci me disse uma frase que me fez pensar: o magoado é quem tem a culpa. A gente acha que alguém é culpado por nos magoar, mas somos nós que nos deixamos magoar. Se a gente não desse tanta importância a certas coisas, não nos magoaríamos com as atitudes dos outros. Será? É pra pensar.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

O tédio e a saudade

Como é difícil vencer o tédio. Domingo é o pai do tédio. Não sei, acho que em qualquer lugar do mundo. A gente se prepara tanto para o final de semana e quando ele chega é aquele tédio. Sábado é melhorzinho, tem atividade, coisas pra se fazer. Mas domingo dizem que é o dia da família e não tem nada mais entediante do que família todo domingo. Eu moro longe da minha família e não sei o que é isso. Quando estava de férias em Salvador via meus irmãos com uma certa regularidade mas graças a Deus não no domingo. Ia pra praia, de tarde ia num barzinho. Depois ficava a ver navios em casa pensando na vida. Aqui como já voltei a trabalhar estou com saudade da vida pacata que estava levando na minha terrinha. Mas o tédio continua. Hoje estou sentindo um misto de tédio e saudade. Uma saudade delicada, uma vontade de rever pessoas, um certo desejo de estar em outro lugar. Será que estou deprimida ou estou me sentindo só? Mas acho que não é solidão não porque até pouco instante estava cercada de gente e eu gosto de ficar sozinha. Depressão, se for é passageira. Meu espírito não comporta esse tipo de sofrimento. Só sei que sinto uma falta. Um bom livro pode resolver essa questão. Bons papos estão em falta. Acho que vou ao cinema hoje à noite. Já já o tédio e a saudade passam.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Pequena bobagem

Hoje eu fui numa festa de aniversário de dois filhos de uma amiga minha e me aconteceu uma coisa muito engraçada. A menina fazia 13 anos e o menino 11 anos. Colocaram 24 velas e mais umas coisinhas pretas no bolo para faiscar, ou sei lá como se diz. As crianças queriam acender as velas e a mãe não deixou. Então ficamos eu e ela acendendo todas as velas e as crianças vendo e querendo acender também. Foi aí que uma garota disse: Tia, posso acender também? Eu dei o palito pra ela. Ela não conseguiu firmar e deixou o palito cair em cima do bolo. Imediatamente outra criança deu um soprão para apagar o palito que parecia estar incendiando e apagou todas as velas antes de bater os parabéns. Eu não resisti. Olhei para minha amiga e nós duas caímos na risada, sem conseguir controlar. Ninguém entendeu porque estávamos rindo tanto. Mas é que foi tanto esforço para dar tudo certo e de repente...

MSN, Blog e agora Orkut. Me deixe, viu?

Há quase dois anos me auto-excluí do Orkut, porque me senti invadida. Um dia desses um amigo me disse que me procurando no ORKUT finalmente me encontrou. Eu apostei que não. Então, como não me lembrava a senha, entrei como outro usuário e descobri que meu antigo Orkut existe. Tem gente me escrevendo e eu nem tchum. Agora sou duas. Agora vejá só: não consigo administrar minha própria vida, pagando as contas nas datas certas, cuidando da minha casa e do meu trabalho, ainda tenho que colocar em dia meu Blog, dois Orkuts e entrar de vez em quando no MSN pra dizer oi a alguns amigos. Acho que desse jeito não vou ter tempo pra encontrar um novo namorado. Me deixe, viu.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Sou guerreira, mas ...

A gente sempre ouve falar que o mundo moderno exige pessoas que saibam trabalhar em grupo e sob pressão. Eu me pergunto: a qual tipo de pressão este sujeito que se chama mercado está se referindo (sem interrogação, porque este computador não permite)Se for aquela a que eu me sujeitei hoje, prefiro não estar preparada. Lidar com gente é uma "merda" - desculpe o palavreado. E desculpe também o chavão. Eu sou uma pessao relativamente calma, amigável. Costumam dizer que minha marca é a alegria e a paciência, mas hoje eu a perdi por duas vezes. Mulheres nervosas te dizendo asneiras é como um incêndio numa floresta seca, te consome totalmente. Queria poder sair correndo e dizer: não estou aqui pra isso. Infelizmente não posso, então desabafo com alguns amigos, com você meu BLOG querido, com minha cabeça. Uma amiga minha me disse que eu sou guerreira e que eu não iria deixar de responder à altura, mas eu acho que não vale a pena. Fico com minha consciência tranqüila porque resolvi o que podia e o estresse não se elevou além da conta. Preciso só de um bom banho, um jantarzinho, uma caminha gostosa e se tivesse uma boca geladinha para eu beijar estaria no céu outra vez.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Cética ou mística?

Como as pessoas podem ser tão parecidas? Apesar de muito cética, sou também muito mística. Antagônico e contraditório, não? Mas é que eu tenho um amigo de muitos anos que nasceu um dia depois de mim com uma diferença de doze anos. Entenderam? Vou explicar melhor. Eu nasci no dia 03 e ele no 04 de fevereiro, só que com doze anos de diferença - eu sou mais nova. A questão é que somos do mesmo signo: Aquário. Daí o misticismo. Somos muito parecidos. Às vezes eu me assusto com a semelhança de idéias e pensamentos. Temos a mesmo relação poética com o mar, com a praia, a lua. Gostamos dos pequenos detalhes da vida. Nossas músicas são parecidas. Temos um senso de observacão semelhante. Vivemos tentando quebrar barreiras e preconceitos. Somos zen e não queremos que ninguém nos perturbe nos nossos momentos de introspecção. Gostamos da solidão, da nossa própria companhia. Gostamos da nossa família a nossa maneira. Curtimos muito festas e badalações, mas lá um dia queremos ir pra uma ilha deserta. Detestamos compromissos com hora marcada, principalmente se for lazer. Gostamos de nos surpreender com uma saída rapidinha para a praia ou para o cinema ou para o bar tomar uma cervejinha. Somos humanitários, solidários, queremos que a natureza (plantas e animais) sobrevivam, mas gostamos muito mais de gente, portanto as crianças são o nosso ser escolhido. Queremos amar mas logo descobrimos que gostar é muito mais envolvente. Não sabemos porque as pessoas valorizam tanto a palavra amar. Gostamos muito, mas de repente parece que perdemos o interesse ou não queremos tanto envolvimento. Queremos viver muito, muito mesmo, mas nos perguntamos se vale a pena viver se a saúde não nos acompanhar, por isso cuidamos do nosso corpo. Não queremos perder nossa libido; a pele ficar flácida, enrugada, os olhos lacrimejarem, os cabelos embraquecerem ou caírem, tudo isso é normal e talvez não faça tanta falta, mas a libido... Somos realmente muito parecidos e quando o encontro, momentos raros - de ano em ano ou de anos em anos - nos vemos como a um espelho. E nos compreendemos mutuamente, sem cobranças.

Basta a cada dia o seu mal...

Não é fácil ver pessoas que a gente ama sofrendo. Quando a gente pode fazer alguma coisa, nos dá uma sensação de alento, como se estivéssemos fazendo por nós mesmos. As pessoas dizem isso dos seus filhos. Eu não tenho filho, mas neste momento tenho parentes e amigos muito próximos que estão sofrendo por perdas, por escolhas mal feitas no passado, pelo próprio destino amargo de quem parece ter uma dívida a pagar. Não importa, seja a morte, a falta, a dificuldade financeira, seja o que for, são dramas que nos constrangem, principalmente porque não podemos ajudar. A única forma que eu encontro para dar a minha mão é através da palavra amiga. Mas eu acredito que os sofrimentos são formas de redenção e não são duradouros, são cíclicos. Então, talvez daqui a poucos dias, meses ou anos eu vou poder me lembrar desses momentos e pensar que eles passaram e que essas pessoas a quem eu amo muito estão bem, estão felizes e superaram suas dores.
Elas não vão ler isso aqui, mas vão receber as vibrações dos meus pensamentos em relação a elas. Eu tenho certeza disso.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

De volta à realidade

Voltei. Voltei pra Curitiba. Cidade onde construo a minha vida profissional, onde faço amigos, onde acho que vivo. É, digo acho que vivo, porque acho que aqui no Sul do país as pessoas não sabem o que é viver. Lá no Nordeste, em Salvador que é onde eu mais conheço, minha família, meus amigos me contam suas experiências de vida e vejo que eles têm a sorte de, mesmo não tendo muito, viverem a vida com intensidade.
Às vezes tenho inveja, outras penso que eu não me adaptaria mais a uma vida só de prazeres. Afinal aqui em Curitiba também tem alguns pequenos prazeres, e eu não sou uma mulher de GRANDES prazeres. Gosto de detalhes. Na verdade, gosto de descobrir pequenos prazeres.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Toda boa

Sei que tem muita gente que não gosta de Carnaval, principalmente o de Salvador. E essa antipatia resulta da associação do evento com o axé. Mas acho que todo mundo deveria experimentar ver a festa de um camarote ou sair num bloco. Veria que o axé é o de menos. São tantos ritmos, tanta gente criativa e espontânea junta que parece que vai explodir. Todo mundo parece que tem a capacidade comunicativa. Todo mundo fala com todo mundo. Os olhares se cruzam sorridentes, os beijos são inevitáveis. Olhar o carnaval baiano com uma mirada antropológica pode render livros. Aquela multidão junta, suando, pulando parece uma colméia. O objetivo é o mesmo: tentar fazer com que a alegria dure para sempre. Doce ilusão. Tem coisas muito interessantes mesmo: As muquiranas vestidas de Barbie, ninguém merece. Tanto homem gostoso e tanto feioso vestido de rosinha. Os Filhos de Ganhi são lindos, mas são boçais, só dão colar a quem beijar. Margareth Menezes homenageando Jorge Amado. O show foi só pra mim, no meu aniversário. O Psirico cantando "Ela é toda boa". Eu me senti a toda boa. Gente de toda parte do Brasil e do mundo. O Chiclete é realmente uma religião: próximo ano quero sair com Bel. Nunca vou esquecer de ter cantado com ele: "A fila andou, eu te avisei, não deu valor, agora chora, já me perdeu, boa sorte, vá embora." Saulo, gatinho do EVa. Tomate, do Rapazola. Os nomes são estranhos, mas só quem tá na avenida sabe o que eles provocam na gente. Muita gente foi lá pra ver Ivete, Claudinha Leite, eu não tava nem aí pra essa mulherada. E não é inveja não. É que eu acho que ser tiete não é coisa boa. Eu gosto de música, de talentos e não de estrelas.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Tá chegando a folia

O astral tá ótimo aqui em Salvador. Momo, que esse ano é magro, tá chegando. Domingo, no meu aniversário estarei num camarote no Campo Grande com uns amigos. Na segunda outra vez. Nos outros dias, pode rolar uma pipoca. Tô muito alegre, apesar do inferno astral, pré-aniversário. Mas logo passa, assim como o Carnaval.
Beijos aos meus amigos. Eu compreenderei se não me encontrarem no meu aniversário.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Pessoas especiais

PESSOAS ESPECIAIS

Eu tenho ouvido sempre essa música Boa Sorte, da Vanessa da Mata e do Ben Harper, e não tinha me dado conta da sutileza da letra. Veja bem, não sou eu que digo isto, mas toda pessoa que sente que o amor acabou. Talvez não diga, por pena ou por consideração, mas gostaria de dizer.
“É só isso, não tem mais jeito, acabou”. É cruel, mas quem diz dessa forma está sendo mais maduro e até mais humano, porque um tratamento de choque equivale a um transplante de coração, pode mudar a sua vida, te dar vida nova, novas esperanças. Com o tratamento de choque, acabam as “expectativas desleais”, porque é o fim de uma relação, mas é também o virar a página para outras experiências, quem sabe melhores.
E há tantas outras “pessoas especiais”... E acho que é uma pessoa especial quem te diz assim: não dá mais. Só que não deve ser por telefone ou e-mail. Sempre olhando nos olhos. A sinceridade é sempre mais sana que a mentira ou a tentativa de dizer o que se quer dizer sem ferir ou magoar. E assim pode acontecer a cura. A música diz: quero que se cure dessa pessoa que o aconselha. Uma pessoa especial diz que quer que se cure, mas se afasta para esta pessoa se curar. E a cura vem, certamente vem.
"O encontro é de dois". Se só uma pessoa acha que encontrou é porque não foi encontro e azar dela. Azar de quem deixou de ser amado. Se apenas uma pessoa acha que encontrou haverá seguramente um desencontro. “Veja por este ponto”: momentos diferentes. “Não tem o que dizer, são só palavras e o que se sente não mudará”. Ou se gosta ou não se gosta.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Uma cidade como outra qualquer

Veja só: sou soteropolitana, vivo fora há 16 anos, venho todo ano de férias a minha cidade e ainda não a conheço totalmente. Falo da cidade como espaço físico mas também como ambiente cultural, vida cotidiana, sociedade, comunidade. Existem várias cidades dentro desta cidade. Eu vejo isto com um olhar de quem nasceu aqui e vê com uma lente de fora.
Uma destas cidades é aquela que os turistas estrangeiros vê: cheia de museus, igrejas, ruas antigas, povo animado, muitas festas etc.
O turista brasileiro a vê como o lugar para a liberação do estresse. Uma cidade cheia de preguiça, de festas, festas, festas, Carnaval. Muitos pensam que Salvador é um ovo e se surpreendem com o tamanho da cidade quando chegam aqui. É preciso melhorar o ensino de Geografia nas escolas brasileiras.
A outra é como outra cidade grande brasileira qualquer: cheia de problemas, violência, pobreza, trânsito caótico. Povo correndo pra sobreviver. Jovens buscando trabalho, tentando entrar na universidade etc.
O povo daqui nem se da conta da riqueza cultural da própria cidade, da musicalidade muitas vezes mal resolvida, do acervo histórico que está abrigado não só no Pelourinho. Pra se ter uma idéia, aqui ninguém diz que mora na favela, mas a maioria dos bairros populares são iguais ou piores que os do Rio. Favela aqui é bairro.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Haja festa...

Ontem fui para o Festival de Verão de Salvador. Vi e ouvi Capital Inicial, Banda Mel, a piriguete Ivete Sangalo, de quem não sou tiete, e um pouco de Gil, porque já tava morta e o pessoal vai trabalhar no dia seguinte. Galera, tô aqui nesta cidade quente, numa preguiça, só saio pra ir a praia e prum showzinho de vez em quando. A turma é muito animada mas meu pique tá um pouco relax. Me deixe, viu? Baiano parece que tem fogo no rabo. Não consegue ficar parado. Ontem começou o festival, hoje tem Festa do Bomfim e à noite mais festival. Vc acha que eu vou? Estão me chamando pra tudo. Preciso descansar para o carnaval rsrsrsrs

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Exageros a parte

Não fui eu quem exagerou, dessa vez. Fiz uma postagem não entrou, fiz outra, entraram as duas.
Outra hora tento organizar.

Sou doida

Ainda falando de exageros.
Imagina que eu cheguei ao ponto de fazer um acordo comigo mesma, de cunho científico, e agora que a ficha está caindo, estou sem saber o que fazer.
Não quero cancelar o acordo porque estou curiosa quanto ao resultado, mas ao mesmo tempo acho que não vai dar em nada.
Sou ou não sou doida?
Ainda bem que não tem nada a ver com os meus cabelos, porque são 62 dias de experimento.

Sou doida

Ainda falando de exageros.
Imagine que eu cheguei ao ponto de fazer um acordo comigo mesma, de cunho científico, e agora que a ficha caiu, eu estou sem saber o que fazer. Não quero romper o acordo, mas não creio que ela vai resultar em alguma coisa. Só tô insistindo porque quero ver a comprovação ou não do experimento. Sou ou não sou doida.
Ainda bem que não é nada com os meus cabelos, porque são sessenta e dois dias.

Exagerada

Sempre gostei da música Exagerado, do Cazuza. Ele fala de uma forma de encarar o amor: "jogado aos seus pés", "eu posso até morrer de fome se você não me amar" Lembram?
Pois é, agora sei a razão da minha identificação com a música. Precisei de mais de quatro décadas de vida para descobrir que sou exagerada.
Mas não sou exagerada apenas no quesito amor, não. Em tudo!
Sou tão exagerada que ousei achar que era uma mulher discreta. Imagina. Eu, discreta? Acho que não. Ou será que tô exagerando outra vez? Que discreta que nada, sou hiperbólica.
Nas minhas férias natalinas na Chapada Diamantina e em Morro de São Paulo, isso ficou claro para mim: sou exagerada. Além de constatar que sou muito medrosa. Mas acho até que ter um certo medinho tem lá o seu charme, tem o seu encanto. Pelo menos não vou morrer desavisada. Olha aí o exagero!
Nestas férias ouvi o tempo todo: "Ai Marcia, como cê é exagerada", num tom um pouco irritado. E no final ouvi claramente: "Marcia, você tá certa, mas exagera." Aí eu entendi: sou exagerada, sou impulsiva e sou impossível. Sou uma legítima mulher latino-americana, cheia de vida. Que vou fazer? Sou assim mesmo! Se quero mudar, tenho que fazer o quanto antes, porque dizem que depois dos 40 não se muda mais.
O medo vou vencendo-o pouco a pouco, mas o exagero... Não sei como ser diferente.
Já convivi com gente que adorava essa forma de eu ser; outras, que fingiam que gostavam.
Já não sei mais a quem agradar. Só não quero ter que agradar a ninguém. Chega de censura.
Vou aproveitar meu lado hiperbólico e escrever uns textos com teor fantástico, mágico. Assim não perco um traço tão peculiar da minha personalidade.
Quanto aos amigos, vão convivendo até onde achar que dá. Se eu exagerar no exagero podem pedir pra eu parar que paro. Afinal, o que não se faz pelos amigos? Só não me façam lembrar o tempo todo deste traço como algo negativo, porque eu sei que não é.
Já os amantes, se eu exagerar na pimenta naquela horinha, acho que não vai fazer mal algum, né mesmo?

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Uma rapidinha

Gente

Se alguém tá lendo, me desculpe a distância. Tô sem acesso, mas cheia de coisas pra contar. Depois quero compartilhar minhas experiências.

Beijoooooooooooooooooooos

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

2008: virei a página

Queridos amigos, não esqueci meu blog não, é que eu estou viajando de férias. Assim que tenha mais tempo, vou colocar minhas impressões das minhas férias na Chapada Diamantina e em Morro de São Paulo.
Estou muito tranqüila com o ano que se inicia, porque virei a página mesmo. Foi o pé no freio que eu precisava.

Auto-fotografia

Auto-fotografia
Agora em Paris

La Giralda

La Giralda
Sevilla

Até que não foi mal, mas foram muitas tentativas

Notre Dame

Notre Dame
Muitas etnias

A meus pés

A meus pés
Não às Havaianas

Minhas amigas

A água é potável, você pode beber!

Tapas, pinchos, cañas y chupitos

Tapas, pinchos, cañas y chupitos
Victoria, Richard, Manuela y yo

Anna e eu em Barcelona

Anna e eu em Barcelona

Toledo

Toledo
Olhando para o Alcazar de Toledo, de costas para um monastério

Juan, Manuela, Victoria y yo

Juan, Manuela, Victoria y yo
Éramos siempre cinco

Minha amiguinha Mari

Minha amiguinha Mari
Saudades das nossas gargalhadas

Nil e eu

Nil e eu
Show da Rita Lee, tudo de bom!

Anna, la italiana

Anna, la italiana
No Hora Extra

Ela é demais

Ela é demais

Preto e branco

Preto e branco
Maças salientes

Rojo, rojísimo

Rojo, rojísimo
Contraste entre o natural e o artificial

Toda menina baiana...

Toda menina baiana...
...tem um encanto que Deus dá.

Yasmim ou Jasmim

Yasmim ou Jasmim
a flor mais bonita deste jardim

Jucas e Marina

Jucas e Marina
descarado...

Sensação indescritível

Sensação indescritível
Morri de medo, mas o medo faz bem, supera outros sentimentos talvez piores rs

Eta mistura porreta

Eta mistura porreta
meus sobrinhos

Que guapo ese chaval

Que guapo ese chaval
Banderas y un puro

Hay de todo en La Habana

Hay de todo en La Habana
Los pioneros de Fidel