sexta-feira, 29 de agosto de 2008


Essa mulher poderosa, gostosa, tava morrendo de frio.
Mas como ela é guerreira, fez o que tinha que fazer.

Um pouco chato

Esse é um intevalo do curso sobre o Moodle que estou fazendo. É um pouco chato porque apesar de eu não saber muito desse ambiente há muitos que sabem menos que eu.
Mas eu evou levando.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Adotei...

Adotei? Tentei adotar uma cachorrinha. Já estava me sentindo culpada porque em todos os lugares por onde ia as pessoas ficavam falando do seu cachorrinho de estimação. E eu? Não tinha um?
Então, uma amiga que vai se mudar para um apê apertadinho me ofereceu sua cachorrinha Marina, que eu já conheço bem. Ela é sapeca, ruidosa, marronzinha, bonita, bem feminina, se é que posso dizer isso de um cão. Dá pra notar que eu não tenho jeito com eles, né?
Pois é, veio pra minha casa. Organizei tudo. No primeiro fim de semana, levei pra dar banho e tosa, comprei um vestidinho, puseram lacinhos nas orelhinhas. Ficou linda. Latia um pouco aqui em casa quando ouvia barulhos de outros cães. Tentava me lamber mas eu não deixava. Se tem uma coisa que eu não gosto é de lambida de cachorro, me dá ânsia saber que eles se lambem todo até na xereca e depois vem me lamber. Mas eu colocava ela no emu colo, fazia carinho, carregava. Me afeiçoei
Mas tem um detalhe e é isso que me faz contar essa história no passado: ela já tinha mais de 1 ano e nem o pip dog nem nada disciplinava seus hábitos de xixi e coco. Então eu acordava de manhã com coco e xixi na cozinha, chegava do trabalho e lá vai a Maria limpar merda e mijo de cachorro.
Não tem amor que resista. Ela ainda está aqui em casa, mas sábado vamos levar para outra amiga que vive numa casa com quintal e que quer uma cachorrinha.
Sinto pelos meus sobrinhos que queriam que eu ficasse para ver mais vezes a Marina. Mas também não é justo manter uma cadelinha presa num apartamento sozinha o dia inteiro, se estressando. Eu só volto a noite pra casa.
Na verdade, tô me sentindo um pouco culpada por não ter a capacidade de aceitá-la como ela é (afetuosa, mas irracional). E eu com minha racionalidade pseudo-afetuosa passo essa responsabilidade pra outra pessoa.
E digo: isso está relacionado com o que disse em uma postagem anterior. Agora vivo um momento que faço minhas escolhas, não importa quais sejam elas. E nessa possibilidade de escolha, descobri que prefiro crianças e plantas.
Talvez daqui a alguns anos encontre um filhote recém-nascido para educar e ele possa viver comigo. Agora não estou preparada.

DELE

Enfim tive coragem. Semana passada fiz o exame do DELE. Passei semanas estudando e tentando incorporar os conhecimentos que obtive no curso em Salamanca para tentar tirar o Diploma que até hoje não tinha por preguiça e medo. Não sei de quê, o exame é façil. Mas sempre perdia a data para inscrição, acho que era o medo que me detinha. Fiz o intermedio, poderia ter feito o Superior afinal fiz uma faculdade de língua espanhola e já dou aula há 10 anos, mas minha insegurança é uma merda.
Vamos ver o que rola. Já vou me inscrever para o próximo em novembro e dessa vez será avançado.
Ah, fiz essa prova em segredo, não contei para absolutamente ninguëm, só quem ler meu blog saberá.
Épra dar sorte.

Amigos internacionais

É pra vocês que eu estou escrevendo esse texto. Vocês que eu conheci em Salamanca, em Barcelona, em Sevilha. Novos amigos com quem estamos estreitando os laços de afeto, de amizade. A gente nunca sabe se o que plantou vai germinar, por isso lançamos na terra muitas sementes, uma delas pode brotar. E eis que sinto brotar sementinhas como Flora, Manuela, Richard, Juan, Joan, Elisa. Uma sementinha mais antiga já deu flores e frutos, minha querida Anna, que já está fazendo um ano que chegou ao Brasil.
Alguns de vocês só escrevem em italiano (Elisa), espanhol (Flora, Joan e Juan), alemão (Richard). Mas acho que todo mundo entende o que eu tô dizendo, né mesmo?
É uma forma de mostrar meu carinho por vocês, pessoas de cultura diferentes da minha, mas com uma sensibilidade e capacidade de compreensão sem iguais.
Gostei muito de conhecê-los e sinto que a gente ainda vai se encontrar.
Beijos

Página pessoal

Já não bastava o blog, o orkut, os e-mails e toda a parafernalha e agora estou fazendo um curso para aprender a fazer minha página pessoal. Não sei se precisava de um curso, porque se parece com o blog. Mas é que é uma coisa mais profissional, onde vou colocar meu perfil como profissional e precisa ser mais elaborado. Está em contrução e quando estiver pronto vou usar como ferramenta Moodle para fazer atividades à distância com meus alunos. Vai ser muito bom. Só espero não ter que trabalahr mais do que já trabalho.
Agora, eu só queria meu técnico de confiança de volta pra me ajudar com os vírus no computador, mas quem sabe quando a gente deixa de depender não aprende a se virar sozinha?
É o que eu espero.

Caminhando sem parar

É isso, domingo passado, fiz uma caminhada com os Curitigrinos por um caminho bonito em Witmarsum, sem obstáculos, é claro. Foram 12 km que eu percorri em 2h30 conversando com pessaos legais e curtindo a paisagem, fotografando, rindo.
Nós fomos as mais rápidas, apesar de que não tínhamos essa intenção. Mas o costume né? Depois comemos uma comida alemã, é claro, compramos uns docinhos na Cooperativa deles e voltamos para Curitiba no meio da tarde. O dia estava lindo, ensolarado e eu queria continuar caminhando sem parar.
Vou fazer outras jornadas desta agora na primavera. A única forma que curto sair dos meus saltos e colocar um tênis é quando vou caminhar ou correr, porque não gosto de usar tênis.
Estou observando que estou chegando a uma fase em que descubro meus reais gostos e faço minhas escolhas a partir deles, doa em quem doer. Eu não ligo a mínima. Por exemplo, não gosto de tênis. Todo mundo gosta, eu não gosto. Prefiro sandalinha.

Mais de 15 dias

Mil perdões, é que nos últimos 15 dias aconteceram tantas coisas que eu não tive tempo de escrever minhas benditas impressões. Também não me sinto obrigada, gosto de fazer isso e tenho necessidade. Por exemplo, agora são 00h59 e eu estou aqui escrevendo com gosto.
Sabe, nesses 15 dias em que eu fiz uma caminhada de 12kh em 2h30 por um caminho lindo; comecei um curso para aprender a fazer uma página pessoal - já viu que tô gostando disso, né? -; mantive contato com meus novos amigos internacionais; participei um exame para adquirir um diploma de DELE, adotei uma cachorrinha, não deu pra parar e contar essas coisinhas.
Mas tenho um monte de coisa pra escrever.

domingo, 10 de agosto de 2008

Frio e delicadeza

Que frio do cão! Eu falo muito isso, meus amigos já estão acostumados. Imagina, uma baiana, criada num clima de 25 graus mínimos permanentes, vivendo numa cidade geladinha como Curitiba. É fogo, pra não dizer outra coisa.
Eu gostei muito do verão europeu. Não imaginava aquele calor, principalmente em Sevilla, onde chegava aos 40 graus e o calor vinha da terra deixando nosso corpo "peguento", como se diz na minha terra. Só achei que os dias são longos demais. Eu já sabia das aulas de Georgrafia, claro, mas não imaginava o desgaste que é pra gente, pelo menos pra mim com mais de 40 anos, tendo que caminhar sem parar. O sol já estava a pino às 9h. Das 14h às 17h não se via um pés de pessoa na rua, lojas fechadas, era La Siesta. Nunca acreditei que eles faziam isto, mas fazem e com razão, até eu voltava para o hotel.
Salamanca parece um pouco Curitiba, no quesito clima. Verão quente só das 12h às 17h, depois friozinho. Todo mundo de casaquinho. Eu senti frio lá, minha aula era numa sala medieval, com paredes de pedras grossas e fazia um frio. Lá choveu alguns dias.
Em Paris choveu na minha última noite lá. Eu olhei da janela do hotel e fiquei contemplando aquela chuvinha tocando ao longe o monumento à Bastille. Até chorei de emoção.
Sabe, eu não sou uma besta, sou uma mulher de sentimentos delicados. Essa minha delicadeza é confundida com fraqueza.
Mas tenho muito mais pra contar

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Sem Notre Dame - onde está Nossa Senhora?

Passadas duas semanas que estive em Paris, me sinto talvez não confortável mas um pouco preparada para contar uma coisa muito chata que me aconteceu lá.
Passei três dias maravilhosos naquela cidade. Sozinha, mas cercada de gente de todo o mundo e ouvindo francês por toda parte. O tempo todo: pardon madame, au revoir,(s'il vous plat) - já esqueci até como se escreve isso. Mas para que tanta cortesia, se não há humanidade, se há somente desconfiança, gelo. Gostaria muito que um francês, que lesse em português - coisa rara - lesse esse meu texto.
Não sou racista, entendo bem as diferenças humanas, sei que não sou obrigada a gostar de todos, mas pelo menos tenho que entender as razões que levam os povos a serem como são. Mas sou uma ignorante em história e desconheço os motivos pelos quais os franceses se sentem tão superiores a nós reles mortais.
No último dia em Paris, sexta-feira, 25/08/08, saí antes das 10h para entrar na Catedral de Notre Dame, pois todo dia passava na frente, mas ainda não tinha entrado. O comércio ainda estava abrindo suas portas e eu caminhando pela Rue de Rivoli, vi uma loja aberta. Mono Prix, era seu nome. Entrei.
Estava ouvindo música. Fiquei mais de uma hora entre cosméticos, lingeries, meias etc. Era um mundo de artigos femininos de muita classe. Comprei 113 euros de bobagens. Paguei e quando ia saindo um segurança me abordou. Falava em francês é claro. Madame, vous... levou uma maquilage sem pagar. Foi o que eu entendi. Eu um pouco confusa mostrei minha nota. Eles olharam meu saco, conferiram a nota e me levaram até uma mesinha. O segurança que parecia ser o chefe, veio ao meu encontro com uma maquilage na mão - pó compacto acho eu - dizendo que eu tinha "roubado" uma dessas. Eu neguei, mostrei a nota e eles me pediram para ver minha bolsa. Graças a Deus a loja estava vazia e eu não passei uma vergonha com um público assistindo. Retirei tudo que havia em minha bolsa, mostrei meus bolsos. Quando eles viram que não havia nada, conversaram entre eles. Eu entendi que o chefe afirmava que faltava uma maquiagem e que eu tinha roubado. O outro dizia que não havia nada comigo. Morri de medo de ser incriminada, pois um deles estava com a maquilagem na mão. Tremendo comecei a falar em francês, que eu tinha comprado coisas, que eu havia pago, que eu era uma trabalhadora, brasileira e que aquilo era preconceito. Misturei francês com espanhol é claro. Então, me lembro bem do olhar do segurança que me disse várias vezes: pardón madame, pardón madame. Eu perguntei se podia ir embora, e ele disse: vous voulez aller, madame. Eu saí da loja tremendo, humilhada, decepcionada.
Voltei ao hotel, chorei, chorei, chorei. Guardei minhas coisas e saí em direção a Notre Dame. A fila estava enorme, o sol escaldante. Fui para Saint Chapelle e falei com Deus. Ele me disse que todo rigor europeu é uma farsa para conter o desejo colonialista que já não cabe mais nos nossos tempos. E que eles são uns idiotas, desumanos e presunçosos.
Tenho que voltar a Paris para entrar em Notre Dame.

A meus pés.

Neste blog, há uma foto dos nossos pés (meus e de Anna) pintados de vermelho numa pocinha na Chapada Diamantina.
Agora vejam as condições dos meus pés após 25 dias de caminhadas. Nos dias em que fiquei em Salamanca, andava cerca de 2h30 durante o dia, entre ir e vir de casa para a Universidade. E ainda andava a noite pelos butecos, las terrazas. Não que eu não ande regularmente e até corra. O problema é que eu não gosto de ficar de tênis com um calor do cão. Sandálias Havaianas machucam meus pés de princesa. Tudo que eu calçava no final do dia me fazia um baita calo. Meus pés sofreram para me fazer feliz. Por isso vou render-lhes uma homenagem, colocando-os nesta página principal.
Eles merecem.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O papo no Parque Guel

Ter encontrado a Anna em Barcelona foi muito importante. Talvez mais para ela do que para mim. Dessa vez vi uma Anna muito diferente. Acho que aquela moça que morou na minha casa no Brasil, que viajava sozinha, que parecia tão segura de si, na verdade é uma garota, tentando descobrir-se. Anna não tem tem idéia ainda da sua feminilidade, do seu encanto como mulher.
Lembro com muito carinho da tarde de domingo que passamos no Parque Guel. Subimos tudo, olhamos algumas coisas e nos sentamos naqueles lindos bancos do Gaudi. Ficamos ali falando da gente. E eu, naquele momento, me senti como uma irmã mais velha ou como a mãe dela, falando coisas da minha experiência para que eu pudesse ajudá-la em alguma coisa. Falamos de estudos, trabalho, amor, saúde.
Nesse dia a gente viu o homem mais lindo da nossa viagem. O catalão parecia um deus grego, de olhos verdes encantadores e pele bronzeada. Nós duas ficamos tentando conter nossa baba quando ele me pediu para "tomar una foto suya y de sus padres".
Não haverá uma outra oportunidade como esta. Nunca mais.

sábado, 2 de agosto de 2008

La Giralda y yo

Em Sevilla me aconteceu uma coisa legal. Fui jantar sozinha, estava calor me sentei numa "terraza y pedí unos pinchos". Enquanto comia vi que numa mesa próxima havia um homem sozinho e ficava me olhando o tempo todo. Eu disfarcei, quase virei de costas.
Acabei de comer, pedi a conta. Vi que ele fazia o mesmo. Saí andando por aquelas ruas estrechas com um pouco de medo, mas sabendo que lá eu não corria perigo. Vi que o cara saía na direção contrária. Que alívio.
Andei, andei e de repente me dei conta de que havia uma pessoa andando um pouco atrás de mim. Virei o rosto e era ele. Me deu um medo. Andei quse uns cinco minutos com ele atrás de mim. Quando cheguei na praça de La Giralda, parei e fingi fotografar, para despistar. Ele sentou num banco. Quando eu ia continuar andando, ele chegou junto e me perguntou: ¿Quieres que te tome una foto? Eu virei pra ele, um pouco assustada e sem saber o que fazer e pensei em dizer: Que va. Mas disse: Sí, claro. Ele bateu a foto, me entregou a máquina e disse ya está. Ficou me olhando e eu esperando que ele dissesse alguma coisa. Ele não disse nada, eu agradeci e então ele me perguntou de onde eu era. Começamos a conversar diante de La Giralda.
Fomos andando e ele me convidou para tomar alguma coisa, eu aceitei.
Aí ele me levou no lugar mais agradável que uma pessoa podia estar em Sevilla. Era a cobertura de um hotel, lá havia um restaurante a céu aberto e a gente ficava olhando La Giralda y a catedral de frente e na mesma altura. Lindo demais. Ainda mais na lua cheia. Foi uma noite memorável para mim.
Ele é de Barcelona e estava a trabalho em Sevilla. Um catalão muito agradável, como poucos. Conversamos um bocado sobre o Brasil e a Cataluña.
Ficamos amigos.

Não pode ser...

Há dias que sou só coração. Hoje é um deles. Estou com um banzo daqueles. E o pior que eu nem sei ao certo porque estou sentindo isso. Já olhei pra lua, mas ela está calminha; não estou de TPM; não estou apaixonada (ao menos eu acho). Mas o que será que tá me deixando assim. Macambuzia.
Não saí para nada, fumei um charuto cubano, tomei um licor de Amarula, ouvi música francesa e vi minhas fotos de viagem.
Eu passei muito tempo sozinha e me acostumei com isso. Não que um mês seja muito tempo. Mas eu estou sempre com alguém quando estou aqui em Curitiba. Só falava com estrangeiros, ouvia música no meu MP3 e caminhava sem parar. Fotografava, escrevia coisas no meu caderninho. Aliás ganei um lindo Moleskine da Anna. Moleskine é um caderninho de anotações igual ao que usavam Hemingway, Picasso e outros. Ela me deu pra eu escrever minhas impressões de viagem. Adorei.

Auto-fotografia

Auto-fotografia
Agora em Paris

La Giralda

La Giralda
Sevilla

Até que não foi mal, mas foram muitas tentativas

Notre Dame

Notre Dame
Muitas etnias

A meus pés

A meus pés
Não às Havaianas

Minhas amigas

A água é potável, você pode beber!

Tapas, pinchos, cañas y chupitos

Tapas, pinchos, cañas y chupitos
Victoria, Richard, Manuela y yo

Anna e eu em Barcelona

Anna e eu em Barcelona

Toledo

Toledo
Olhando para o Alcazar de Toledo, de costas para um monastério

Juan, Manuela, Victoria y yo

Juan, Manuela, Victoria y yo
Éramos siempre cinco

Minha amiguinha Mari

Minha amiguinha Mari
Saudades das nossas gargalhadas

Nil e eu

Nil e eu
Show da Rita Lee, tudo de bom!

Anna, la italiana

Anna, la italiana
No Hora Extra

Ela é demais

Ela é demais

Preto e branco

Preto e branco
Maças salientes

Rojo, rojísimo

Rojo, rojísimo
Contraste entre o natural e o artificial

Toda menina baiana...

Toda menina baiana...
...tem um encanto que Deus dá.

Yasmim ou Jasmim

Yasmim ou Jasmim
a flor mais bonita deste jardim

Jucas e Marina

Jucas e Marina
descarado...

Sensação indescritível

Sensação indescritível
Morri de medo, mas o medo faz bem, supera outros sentimentos talvez piores rs

Eta mistura porreta

Eta mistura porreta
meus sobrinhos

Que guapo ese chaval

Que guapo ese chaval
Banderas y un puro

Hay de todo en La Habana

Hay de todo en La Habana
Los pioneros de Fidel