quinta-feira, 24 de abril de 2008

Lua minguante

Não entendo muito de luas, mas sei que elas, assim como influenciam nas marés, nos nascimentos, influenciam nos comportamentos. Sei, por exemplo, que lua cheia deixa a mulher agitada, nervosa ou inquieta.
Estamos na lua minguante. Ouvi dizer que não é um bom período para iniciar projetos porque tudo está minguando como a lua. Não sei se é verdade mas parece que a gente murcha. Fica sem vontade, preguiçoso. Junta essa crença com o cansaço natural do dia a dia, nos tornamos inúteis, inertes. Hoje, por exemplo, apesar de quase tudo ter dado certo comigo, me sinto exausta, querendo ser carregada numa rede de um lado para o outro.
E o que será que acontece com a gente nas outras luas - nova e crescente. Os cabelos crescem, as plantas nascem e...
Eu creio em tudo isso, mas acho que seria melhor não crer, porque a gente acaba dirigindo nossa vida neste caminho, e somos induzidos a certos comportamentos por causa da nossa crença. Assim entendo quando a alguém na Bíblia diz: como imagina o homem em sua alma assim é. Era um sábio este Salomão.
Mas eu não sou tão sábia assim e, por ingenuidade ou medo, me apego a pequenas crenças - algumas milenares, - para justificar a minha falta de explicação para tudo que ocorre em minha vida. E pra que explicar? Viver é preciso.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

A fraglidade do mundo moderno

Estamos suscetíveis à abertura do mundo moderno. O fim da privacidade constrange a todos. A pós-modernidade implica em quebra de fronteiras e de marcos que possam separar eu do outro. Somos agora mais individualistas que antes, mas é um ledo engano pensar que o indivíduo está protegido em seu ego, seu eu. A começar pelo suporte virtual que utilizo agora. Não há nada que nos fragilize mais do que ter nossa vida colocada numa máquina, através de sites, MSNs, blogs, orkut etc. A vida primitiva trazia outros riscos, mas já estávamos acostumados a eles. Esses novos riscos nos amedrontam de uma forma inusitada, é o inimigo invisível. E não sabemos como nos proteger: anti-vírus não resolve, nossos dados são descobertos, porque não sabemos quem está por detrás da "pantalla" do computador.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Feras irracionais e insensíveis

Por que nós mulheres, seres tão inteligentes, demoramos tanto para entender os homens? Eles são tão simples. Não há complicação alguma no pensamento masculino. Eu diria complexidade. Tudo o que eles dizem é o que eles querem dizer realmente. Isso quando não mentem. O problema é que nós, seres muito mais inteligentes, esperamos que eles nos digam algo ou nos respondam de acordo com nosso ponto de vista e isso nunca acontece. Eles são da caverna mesmo! Só se preocupam com a própria sobrevivência e a nossa quando somos as últimas mulheres e eles podem ficar sem alimento.
Quanto mais a gente os conhece mais a gente nota que todos eles são muito parecidos. Homem gosta de mulher burra, as inteligentes são concorrentes. Eles detestam gastar dinheiro, são unha de vaca. Poucos gostam de ir ao cinema, ao teatro, a um espetáculo de música com a namorada. Nem ao motel querem ir para não gastar. Querem se entocar na casa da garota, se possível for.
Não ligam a mínima para fantasias sexuais. As fantasias são nossas. Eles nem ligam se estamos com uma lingerie nova, querem tirá-la. São pura carne. Se esforçam muito para serem sentimentais, sensíveis e às vezes espirituais, mas dura pouco. É pedir demais! Gostam do próprio umbigo, do trabalho, dos amigos, do seu pênis.
São ou não são muito simples?
Fora isso, inventaram algumas coisas muito úteis para a sociedade: a roda, o carro movido a motor, o cinema, a TV. Permitiram todas as guerras do planeta, destruíram a natureza e têm um sêmem que pode dobrar a população do planeta, mas não o usam com esse objetivo.
Governam países, cidades, mas não se governam. Pode ter certeza: um homem aprumado, firme, seguro ou é casado, ou tem namorada ou vive com a mãe. Sozinhos, sem mulher, só se sustentam se forem afeminados. Podem até parecer felizes e satisfeitos, mas estão com uma camisa velha ou amarrotada e nós sabemos que isso significa falta de zêlo e de mulher.
Desculpem se exagerei no feminismo, mas faz tempo que estou com vontade de falar isso. E não disse tudo pra não ofendê-los, já que os adoro e até quero vir na outra vida como homem. Mas é duro conviver com essas feras irracionais e insensíveis. É carregar pedra!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Mil almas

Cada livro que leio é como cada pessoa nova que conheço: aprendo muito com ele(a). Estou lendo O Lobo da Estepe, do Hermann Hesse, e estou entusiasmada com o mundo desse homem de 50 anos, solitário, sozinho, triste. Há um capítulo cujo título é Tratado do Lobo da Estepe e o personagem diz que ele são dois: um homem e um lobo. Um quer se incluir, outro naturalmente se exclui. Uma certa hora ele diz que não são apenas dois que um homem tem mil almas e que naquele momento estava vivendo com uma de suas almas. Ele estava aprendendo a dançar. "o pensador Harry tem cem anos, mas o bailarino Harry tem apenas meio dia." É isso: precisamos dar vasão a uma dessas almas a cada dia, para nos renovar. Viver experiências novas. Já alimentamos por muitos anos nossas outras almas com coisas das quais gostamos ou não. Veja um trecho dolivro:
"O Tratado do lobo da estepe e Hermínia tinham razão em sua teoria das mil almas; amiúde surgiam em mim, junto a todas as antigas, algumas novas almas, com suas pretensões, alvoroçadas, e agora via claramente, como um quadro posto diante de mim, o processo de minha personalidade até então. As poucas habilidades e matérias em que eu casualmente era forte haviam ocupado toda a minha atenção, e eu pintara de mim a imagem de uma pessoa que não passava de um estudioso e refinado especialista em poesia, música e filosofia; e como tal tinha vivido, deixando o resto de mim mesmo ser um caos de poetencialidades, instintos e impulsos que me pareciam um transtorno e por isso os encobria com o nome de Lobo da Estepe."
Eu me identifiquei com este personagem. Não quero deixar minhas outras potencialidades extinguirem-se à margem da falta de atenção e da valorizaçào do que supostamente acredito ser melhor, ter mais profundidade. Afinal, nosso juizo de valor também não se estabelece com clareza no presente. É preciso distanciamento para poder julgar e, mesmo assim, há falhas no julgamento.
Vou pensar mais nisso.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Não existe vida comum

Cuidado com a ambigüidade. Não estou falando de vida em comum, mas de vida comum, normal, sem novidades. Não existe vida comum. Todo mundo tem uma vida diferente. Nós é que julgamos a vida do outro mais ou menos interessante. Há pessoas que levam uma vida simples, rotineira e gostam disso. Outras vivem aventuras a cada minuto e também gostam disso. O problema é quando não se está satisfeito com a própria vida, o andamento das coisas. Há duas atitudes: ou se pára e espera a vida mudar de direção ou força o remo e muda a direção dela mesmo contra a vontade, se é que é possível. Tenho as minhas dúvidas. Todas as vezes que tentei mexer no remo contra a vontade do vento, me ferrei. Sou daquelas que prefere esperar o vento mudar de direção, mesmo que com uma certa impaciência. Na verdade, tenho grande confiança na virada do vento, por isso prefiro esperar. Ter confiança é ter fé. Certeza daquilo que não vemos mas que sabemos que existe, que virá. Isso é fé. Tenho muita fé, confiança. E gosto de metáforas.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Depois de uma Páscoa e tanta, com muitas passagens,mudanças, coelhinhos, chocolates, agora chegou o mês de abril.
Que vou fazer em abril, além de trabalhar. Pensar. Estou pensando muito, estou mudando muito rapidamente. Estou exercendo controle sobre minha vida também muito rapidamente.
No FTC (Festival de Teatro de Curitiba) vi uma peça muito interessante sobre o suicídio. Eram encenações de cartas escritas por suicidas. Cartas verdadeiras. Fiquei impressionada com as razões que levam as pessoas a se matarem: são sempre perdas. Perdas amorosas, perdas financeiras, perdas de honra, perdas de saúde. Não sou uma suicida em potencial, não acho necessário tirar a vida. Mas entendo quem não consegue resistir às perdas. São muito complicadas. A dor é infinita e a solidão de quem perde é indecifrável. Sou filha de um homem que tentava o suicídio sem conseguir, tomava comprimidos, dizia que ia se jogar da ponte, era um dramático. Eu não sou assim, quando algo me deprime, penso em formas de escapar. E sempre consigo. Assim como a dor vem em ondas, a felicidade também vem em ondas. Às vezes conseguimos pegar essa onda, às vezes levamos um caldo, um caixote, não importa. Mas eu sempre saí viva, nunca me afoguei. Por isso estou aqui escrevendo. Estou muito feliz, me sinto forte.

Auto-fotografia

Auto-fotografia
Agora em Paris

La Giralda

La Giralda
Sevilla

Até que não foi mal, mas foram muitas tentativas

Notre Dame

Notre Dame
Muitas etnias

A meus pés

A meus pés
Não às Havaianas

Minhas amigas

A água é potável, você pode beber!

Tapas, pinchos, cañas y chupitos

Tapas, pinchos, cañas y chupitos
Victoria, Richard, Manuela y yo

Anna e eu em Barcelona

Anna e eu em Barcelona

Toledo

Toledo
Olhando para o Alcazar de Toledo, de costas para um monastério

Juan, Manuela, Victoria y yo

Juan, Manuela, Victoria y yo
Éramos siempre cinco

Minha amiguinha Mari

Minha amiguinha Mari
Saudades das nossas gargalhadas

Nil e eu

Nil e eu
Show da Rita Lee, tudo de bom!

Anna, la italiana

Anna, la italiana
No Hora Extra

Ela é demais

Ela é demais

Preto e branco

Preto e branco
Maças salientes

Rojo, rojísimo

Rojo, rojísimo
Contraste entre o natural e o artificial

Toda menina baiana...

Toda menina baiana...
...tem um encanto que Deus dá.

Yasmim ou Jasmim

Yasmim ou Jasmim
a flor mais bonita deste jardim

Jucas e Marina

Jucas e Marina
descarado...

Sensação indescritível

Sensação indescritível
Morri de medo, mas o medo faz bem, supera outros sentimentos talvez piores rs

Eta mistura porreta

Eta mistura porreta
meus sobrinhos

Que guapo ese chaval

Que guapo ese chaval
Banderas y un puro

Hay de todo en La Habana

Hay de todo en La Habana
Los pioneros de Fidel